Na França, a guilhotina funcionava oficialmente até 1981, quando foi finalmente abolida. A última morte por decapitação, porém, aconteceu em 1977. Nos Estados Unidos, a condenação fatal - por diferentes métodos - continua ativa em vários Estados. O conservador Texas é o recordista, matando três vezes mais que as outras regiões americanas.
No começo de A Vida de David Gale (The life of David Gale, 2003), o Estado que até pouco tempo atrás era governado por George W. Bush é descrito como um lugar onde há mais prisões do que Starbucks - a famosa cadeia de cafés americana. É lá que David Gale (Kevin Spacey), um inteligente professor da universidade local, vê sua vida desmoronar ao cair em uma armadilha que lhe custará o emprego e a familia. Sem ter o que fazer, cai em profunda depressão.
A Vida de David Gale
Tais fatos serão mostrados em flash-back. No ponto mais baixo de sua vida, Gale foi condenado pelo estupro e assassinato de uma amiga que, como ele, fazia parte de uma organização contra a pena de morte. Por se tratar de um crime hediondo, ele acaba pegando a pena máxima. No corredor da morte, há três dias de ter sua sentença cumprida, ele chama a repórter Elisabeth Bloom (Kate Winslet) para contar-lhe a sua historia. Começa então uma corrida da jornalista contra o relógio, para provar a inocência de Gale e salvar muitas outras vidas.
Mascarado de thriller, o filme dirigido por Alan Parker tem um viés político bem claro sobre a pena de morte. E é justamente este o seu maior pecado. Ao deixar tão claro seu ponto de vista, a história acaba eclipsando o bom elenco e matando qualquer chance de fazer a audiência pensar sozinha.
Ano: 2003
País: EUA
Classificação: 18 anos
Duração: 130 min
Direção: Alan Parker
Elenco: Kevin Spacey, Kate Winslet, Laura Linney, Gabriel Mann, Rhona Mitra, Matt Craven, Melissa McCarthy