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Crítica

Crítica: Os Vampiros que se Mordam

A piada do título é a melhorzinha do filme

30.09.2010, às 17H55.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 14H08

Até que demorou para a atual onda dos vampiros ganhar a sua paródia feita pela dupla Jason Friedberg e Aaron Seltzer. Foram esses dois serial movie killers que cometeram recentemente Uma Comédia Nada Romântica (Date Movie, 2006), Deu a Louca em Hollywood (Epic Movie, 2007), Espartalhões (Meet the Spartans, 2008) e Super-Heróis - A Liga da Injustiça (Disaster Movie, 2008) e agora estão de volta com Os Vampiros que se Mordam (Vampires Suck, 2010) - e, sim, o título nacional talvez seja a única piada decente do filme.

Ao ver o pôster ao lado já dá para sacar que a vítima da vez é a Saga Crepúsculo. Mas isso não quer dizer que aqueles que odeiam a obra de Stephenie Meyer vão conseguir ir ao cinema e finalmente ter a sua desforra, rolando no chão do cinema de tanto rir com as piadas contadas pelos dois sobre a menina virgem que chega à cidade para morar com o pai e é assediada pelo vampiro de cabelos milimetricamente despenteados que brilha ao sol e o índio sem camisa que sai correndo atrás de gatos e tem pulgas atrás da orelha.

Os Vampiros que se Mordam

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Os Vampiros que se Mordam

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Os Vampiros que se Mordam é exageradamente calcado apenas em Crepúsculo, principalmente no primeiro filme, sobrando apenas uma cenazinha para Buffy e perdendo a chance de brincar com True Blood, Vampire Diaries e tantos outros produtos vampirescos que coagulam todos os dias nas nossas frentes. Estão ali a cena da menina Becca Crane (Jenn Proske) chegando a Sporks, entrando na casa, ganhando a caminhonete enferrujada, reencontrando o menino-índio Jacob White (Christopher N. Riggi), indo para o primeiro dia na nova escola, se enturmando com os novos colegas e vendo Edward Sullen (Matt Lanter) pela primeira vez. É praticamente um xerox - daqueles bem vagabundos, que ficam todos borrados e você tem que usar seu poder de dedução para imaginar as palavras que estavam no original - e até as músicas são copiadas.

O resto é lugar-comum para o gênero e bastante previsível - ou está no trailer, acabando com qualquer chance de um sorriso que fosse minimamente genuíno durante a exibição do filme (que por sorte tem "apenas" 86 minutos, mas termina da pior forma possível, como se se eles não soubessem terminar a piada sem graça que estavam contando). Resta apenas elogiar a imitação de Bella feita pela atriz Jenn Proske.

Enfim, se for para rir da Saga Crepúsculo, não perca o seu tempo com Os Vampiros que se Mordam. Os filmes originais da série já são caricatos o suficiente e certamente vão render mais gargalhadas.

Nota do Crítico
Ruim
Os Vampiros que se Mordam
Vampires Suck
Os Vampiros que se Mordam
Vampires Suck

Ano: 2010

País: EUA

Classificação: 14 anos

Duração: 84 min

Direção: Jason Friedberg, Aaron Seltzer

Roteiro: Jason Friedberg, Aaron Seltzer

Elenco: Chris Riggi, Matt Lanter, Jenn Proske, Ken Jeong, Bradley Dodds, Kelsey Ford, Arielle Kebbel, Jun Hee Lee, Mike Mayhall, Krystal Mayo, Nick Eversman, David DeLuise, Dave Foley, Jeff Witzke, Crista Flanagan, Zane Holtz, Anneliese van der Pol, Diedrich Bader

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