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Resident Evil | Crítica

Os filmes baseados em videogame já provaram ser um bom negócio.

29.07.2002, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H13

Depois do sucesso de Lara Croft: Tomb raider, que custou 80 milhões de dólares e obteve 131 milhões apenas nas bilheterias dos Estados Unidos, nada mais lógico que outra adaptação de um game de sucesso ganhasse as telonas. Resident Evil - O Hóspede Maldito (Resident Evil, 2002) pode não ter atingido o mesmo sucesso (o filme custou 33 milhões e fez 40 só na terra do Tio Sam) que Lara, mas, pelo menos, consegue ser mais fiel ao espírito da franquia do que foi a curvilínea heroína da Eidos.

Não espere, entretanto, uma adaptação literal do primeiro jogo Resident Evil, lançado em 1996 para o Playstation. O filme não utiliza nenhuma das personagens da série de videogames, nem segue a mesma história. Porém, reúne com mestria todos os elementos presentes nos jogos, tais como a Corporação Umbrella, os zumbis, o laboratório secreto onde é estudado o vírus T, o monstro mutante chefão e os sustos. Principalmente os sustos.

Resident Evil

None

Resident Evil

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Dirigido por Paul Anderson, que já provou que videogames e terror são sua praia (ele dirigiu Mortal Kombat - 1995 - e Enigma do Horizonte - 1997), o filme é bastante competente nos quesitos ação e suspense. Em momento algum, o diretor perde a atenção da audiência ou a deixa descansar. Mérito também da ótima (e altíssima) trilha sonora eletrônica, composta por Marco Beltrami (Blade II) e o controverso músico Marilyn Manson.

Comendo carne humana

Quilômetros abaixo da cidade Raccon, a Corporação Umbrella, um dos maiores grupos empresariais do mundo, mantém uma gigantesca instalação secreta na qual realiza experiência perigosas - e ilegais - visando o desenvolvimento de armas biológicas. Quando uma falha no sistema libera o terrível vírus T no ar, todos os empregados do laboratório sucumbem à letal substância, que também coloca a cidade acima em risco iminente de contaminação.

Cabe a uma equipe de seguranças de elite da Corporação, auxiliados por dois misteriosos sobreviventes, chegar ao centro do complexo para desativar o computador que causou a falha. No entanto, o que eles não sabem é que esse é apenas o menor de seus problemas, pois a exposição ao vírus T transformou todos os ocupantes da instalação em famintos zumbis comedores de carne humana (existe outro tipo?).

Digerindo a Milla

O maior destaque do filme fica por conta da bela Milla Jovovich, que consegue emprestar credibilidade à sua personagem, Alice. A atriz ucraniana de O Quinto Elemento (The Fifth Element, 1997) e Joana D´arc (The Messenger: The Story of Joan of Arc, 1999), tem um olhar e uma entonação convincentes, além de arrebentar a cara de alguns mortos-vivos com estilo. Fique de olho no momento em que ela quebra o pescoço de um afortunado zumbi com as coxas... ;-)

Enfim, se você é fã da série e a ideia do filme não seguir os passos de sua fonte de inspiração não lhe agradou, uma ótima notícia: A continuação, Resident Evil: Nemesis, atualmente em fase de roteirização, deve retomar a franquia exatamente da perturbadora cena em que parou e promete fundir o que jogamos nas telinhas com o que foi apresentado nas telonas. É esperar para ver.

Nota do Crítico
Bom
Resident Evil: O Hóspede Maldito
Resident Evil
Resident Evil: O Hóspede Maldito
Resident Evil

Ano: 2002

País: Alemanha, EUA, Inglaterra

Classificação: 16 anos

Duração: 100 min

Onde assistir:
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