Eu, eu Mesmo e Irene | Crítica

Que Jim Carrey gosta de aparecer, todos nós já sabíamos, mas desta vez ele exagerou. Em seu novo filme, ele contracena com ele mesmo, roubando a cena (de si próprio) com as suas habituais caretas.

Nesta comédia dirigida e produzida pelos irmão Farrelly (de Débi & Lóide e Quem vai ficar com Mary&qt&), Carrey interpreta um guarda rodoviário que sofre de dupla personalidade. Ao contrário do clássico Dr. Hyde e Mr. Jeckyll, a transformação ocorre quando ele NÃO toma o seu remédio. Se tudo está bem, ele é Charlie, um pacato pai de três filhos, trabalhador e muito prestativo. Mas se ele esquece do seu medicamento surge Hank, um ser boca suja, beberrão, briguento e de estranhos hábitos sexuais. A única coisa em comum entre estes dois personagens é a paixão por Irene, uma bela garota que cai na vida deles cheia de problemas para resolver.

A volta do ator canadense às comédias escrachadas não tem no roteiro o seu ponto forte. São as cenas protagonizadas por Carrey (é claro) que fazem o filme valer a pena. Destaque para duas lutas. Uma contra a vaca e a outra entre seus dois egos. Dos personagens secundários, valem atenção especial os filhos (&qt&) de Charlie.

Quando estreou nos Estados Unidos, o filme arrecadou US$ 24,2 milhões, fazendo valer o salário de US$ 20 milhões pagos à Carrey. O sucesso tem algumas explicações:

1. Esta foi o primeira comédia do ator desde 97, quando fez O Mentiroso
2. Criou-se uma polêmica porque uma associação de esquizofrênicos entrou com um processo contra o filme
3. Num caso nada incomum em Hollywood, Jim Carrey começou a namorar Renee Zellweger (que também fez Jerrry Maguire) durantes as filmagens e isso ajudou a divulgar a volta dele à comédia
4. É Jim Carrey