Filmes

Crítica

O Exorcismo de Emily Rose | Crítica

O Exorcismo de Emily Rose

01.12.2005, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H19

O Exorcismo de Emily Rose
The Exorcism of Emily Rose
EUA, 2005
Terror - 119 min

Direção: Scott Derrickson
Roteiro: Paul Harris Boardman e Scott Derrickson

Elenco:
Laura Linney, Tom Wilkinson, Campbell Scott, Jennifer Carpenter, Colm Feore, Joshua Close, Kenneth Wels, Duncan Fraser, JR Bourne, Mary Beth Hurt, Henry Czerny, Shohreh Aghdashloo, Mary Black

Para que você não entre nos cinemas e se desaponte logo de cara, é bom saber que O exorcismo de Emily Rose (The exorcismo of EmilyRose, 2005) não é um filme de terror. Pelo menos não destes que você está acostumado a ver por aí e também bastante diferente do ótimo e apavorante O exorcista (1973). Além das cenas de susto que fazem qualquer um pular da cadeira, o longa tem na sua trama um julgamento, o que deixa a história com uma cara diferente.

A mistura de gêneros pode soar estranha, mas funciona bem. Usando as figuras do promotor (Cambell Scott) e da advogada de defesa (Laura Linney), o filme mostra os dois pontos de vista do tal exorcismo pelo qual passou Emily Rose (Jennifer Carpenter). O caso está na justiça porque o padre Richard Moore (Tom Wilkinson) é acusado de homicídio, já que a jovem morreu após ele falhar na cerimônia de expulsão do demônio. Enquanto o promotor tenta mostrar que Emily Rose era uma menina doente, portadora de uma epilepsia psicótica, o religioso se esforça para contar a sua versão da história, a de que ela estava possuída.

Todo mostrado em flashbacks e sempre retratando a mesma cena de duas formas diferentes, o filme não está aqui para dizer ao público que manifestações além da nossa imaginação existem ou não. Ao mostrar os dois lados, o diretor e co-roteirista Scott Derrikson trabalha para que cada um escolha no que acreditar. É uma saída bastante inteligente para tentar fugir do lugar comum, mas que pode desagradar aos entusiastas dos filmes de terror, pois a maior parte dos seus 114 minutos acontece dentro do tribunal, deixando alguns rápidos momentos para mostrar Emily Rose se contorcendo, gritando, falando em vozes antigas e comendo insetos.

As atuações de Laura Linney e Tom Wilkinson são calmas e comedidas, sem este papo de gritos e correria. A tensão fica mais para os aspectos psicológicos, como a mudança de comportamento da advogada, que no início só pensa na sua carreira e termina o filme sem saber se continua tão agnóstica quanto gostava de dizer enquanto bebia seu martini.

Apesar da utilização de alguns clichês e de um ou outro furo, O exorcismo de Emily Rose se destaca por tentar dar um enfoque diferente nos repetitivos filmes de terror. Trabalha a seu favor também o alardeado fato de que o longa é inspirado nos acontecimentos reais passados pela alemã Anneliese Michel. E assim a discussão sobre a existência ou não de demônios ainda vai muito longe, principalmente em Hollywood, onde parece que o Coisa Ruim tem passe livre.

Nota do Crítico
Bom
O Exorcismo de Emily Rose
The Exorcism of Emily Rose
O Exorcismo de Emily Rose
The Exorcism of Emily Rose

Ano: 2005

País: EUA

Classificação: 14 anos

Duração: 119 min

Direção: Scott Derrickson

Elenco: Laura Linney, Tom Wilkinson, Campbell Scott, Jennifer Carpenter, Kenneth Welsh, Mary Beth Hurt, Colm Feore

Onde assistir:
Oferecido por

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.