Em O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus, a jovem atriz inglesa Lily Cole interpreta Valentina, filha do Parnassus (Christopher Plummer) e peça fundamental no desenvolvimento da trama. Para ajudar a promover o filme, ela conversou com o nosso correspondente em Los Angeles, Steve Weintraub, do site parceiro Collider.
Assista à entrevista abaixo, no YouTube ou então leia a transcrição:
Estava lendo as notas de produção e uma das coisas interessantes que eu descobri é que você está no terceiro termo da
King's College de Cambridge. É verdade?
Estou lá. Claro que não agora. Mas estava na semana passada e estarei na semana que vem.
Eu adoro a cidade de Cambridge.
Ah é?
Meus amigos estudaram na St. John's.
Ok. Legal. Algumas pessoas passam por lá.
Cambridge é uma cidade linda. Você consegue ficar anônima na cidade? E quanto gosta de morar lá, se é que mora lá.
Eu ando por lá como se estivesse usando cabrestos. Faço as minhas coisas, tenho os meus amigos e saio com eles... E daí saio de lá quando tenho algum trabalho fora. Não sei. É uma cidadezinha gostosa, mas fica ainda melhor
se não estou lá o tempo todo, sabe? Não é o tempo todo, mas é um lugar bem gostoso.
Falando um pouco sobre o filme agora. Ele filme foi rodado já faz um tempo, um ano e meio, dois anos, sei lá. É gostoso saber que finalmente o filme já está sendo exibido lá fora? Aqui nos EUA ainda demora mais um mês ou dois... Qual seu sentimento sobre ele estar finalmente sendo lançado?
Realmente já faz muito tempo. Começamos a filmar em 2007. Agora estamos em 2009 e o filme foi adiado... Eu sei que eles demoraram mais do que estavam imaginando para terminar a computação gráfica. É meio que um alívio, tipo: Finalmente o mundo vai poder ver e dizer se gostou ou não. O que é muito animador. É interessante exercitar o desapego, uma vez que o processo de filmagem foi há tanto tempo... Ao mesmo tempo, foi tão emocional e importante na minha vida que ainda parece que foi há pouco tempo sempre que penso nisso. Parece que foi ontem.
Como foi a experiência de trabalhar com Terry? Ouvi dizer que ele deixou rolar mais improvisações do que o seu normal. Você percebeu isso? Teve mais liberdade para criar?
Sim. Acho que Heath abriu esse precedente. Desde o primeiro dia, Heath era como um segundo diretor. Ele aparecia cheio de opiniões e ideias. Ele puxava a fila sobre como o personagem dele ia ser. Visualmente, esteticamente, as falas que ele ia dizer, o que não ia dizer. E até sobre o que seria o conceito do filme. Acho que isso meio que abriu o precedente para que atores jovens como o Andrew e eu começassem a pensar nas suas próprias falas, procurando o que seria mais apropriado para o personagem. E Terry tinha uma mente brilhantemente aberta. Ele é colaborativo e esperto o suficiente para perceber que não dá para manter tudo sob o seu comando. Que quanto mais ideias, melhor para tomar suas decisões. Então ele estava sempre disposto a ouvir as ideias das pessoas. Até mesmo as minhas, uma garota de 19 anos com tão pouca experiência. Da primeira vez que nos vimos, ele se sentou comigo e perguntou: "Quem é Valentina para você? O que você acha? Qual sua opinião sobre isso?" Foi ótimo ter toda essa liberdade criativa.
Depois deste, você fez mais filmes. Você experimentou a mesma liberdade criativa ou foi mais rígido?
Tudo ligeiramente diferente. Em termos de texto, bem mais rígido, pois não pude mudar tanto as minhas falas, mas Todos os diretores com quem trabalhei foram pessoas super inspiradoras. E eu me envolvi completamente nas ideias deles também e embora não tenha sido tudo segundo minhas opiniões a gente conseguia chegar a um meio termo. Não trabalhei com ninguém que fosse um pequeno ditador no comando. E se encontrar, provavelmente vai ser uma grande experiência também.
Preciso terminar, mas antes queria saber: tem alguma coisa que você terminou agora ou está prestes a começar?
Eu tive um pequeno papel no filme do Roland Joffé neste último verão. E no filme da Sally Potter, que acabou de ser lançado online no mês passado. E fiz um filme com Mary Harron, programado para o ano que vem.
Eu agradeço muito pelo seu tempo e parabéns pelo filme.
O prazer foi meu.
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