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Entrevista

Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme: Omelete entrevista Oliver Stone

Diretor fala sobre Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme

23.09.2010, às 19H56.
Atualizada em 18.11.2016, ÀS 02H15

Nossos parceiros do Collider tiveram a oportunidade de conversar com o diretor Oliver Stone durante as entrevistas sobre sua série-documentário Secret History of America, para o canal Showtime. Na conversa, ele falou também sobre seu novo filme Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme, que na época estava em processo de edição. Confira abaixo os melhores trechos da conversa.

Você poderia comentar sobre o estado atual da indústria cinematográfica?

Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme

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Oliver Stone

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Está muito bem, com certeza. Melhor que no ano passado e no ano retrasado. Sempre há mudanças, de um ano para outro, mas acho que os cineastas ainda precisam lidar com as estatísticas de grandes corporações para fazer esses ótimos filmes.

Você acha que parte desse bom momento é por causa do avanço tecnológico?

Ah, é maravilhoso, incrível. [James] Cameron desbravou um novo território. Ele é um visionário.

Você gostaria de algum dia fazer um filme tão grande?

Se eu pudesse. Acho que ele é um gênio. Eu tenho um tipo diferente de força. Apesar de eu já ter feito alguns trabalhos impressionantes, tecnicamente, e ainda posso te surpreender, ele realmente fez aquilo que Cecil B. DeMille fez há tantos anos.

Você faria um filme em 3-D?

Não tenho nada contra. É uma ótima ideia, se for bem utilizado. Mas não em um filme sobre vida doméstica.

Como você escolhe seus projetos?

Escolho caso a caso, sinceramente. Também é uma questão de como foi o ano, como eu me sinto e se tenho energia para o projeto, e todas essas questões.

O que você tem a dizer sobre o cenário financeiro em Wall Street 2?

Oliver Stone: Não posso te contar muita coisa, porque esse não é o assunto principal desta entrevista. Mas tive uma ótima experiência fazendo o filme, aprendi muito. Me diverti, de verdade. E muita coisa mudou em Wall Street.

Você algum dia imaginou que faria uma continuação para um de seus filmes, já que normalmente você não faz isso?

Não, nunca tinha pensado nisso. Passaram-se 22 anos, não é? Você não espera tanto tempo para fazer uma continuação. Wall Street mudou muito nesse período, e se tornou uma história interessante de novo.

Como as circunstâncias do mundo real afetaram o filme durante o processo? Você fez mudanças durante as filmagens?

Ah, fizemos muita pesquisa. Estávamos na rua, todos os dias. Víamos pessoas e, claro, ouvíamos o máximo possível. E também temos o ponto de vista dos banqueiros.

Como foi voltar a trabalhar com Michael Douglas e trazê-lo de volta a um dos personages mais icônicos que ele já fez?

Foi interessante e acho que ele realmente entrega uma versão interessante do Gordon Gekko 22 anos depois. Não é mais o mesmo homem. O tempo o fez sofrer. Além disso, eu também diria que Shia LaBeouf é a motivação do filme, já que ele é o jovem que está aprendendo.

Tem alguma coisa que ainda não sabemos sobre Wall Street 2? A história vai ter reviravoltas?

Vai ter algumas reviravoltas, e não quero estragar nada.

Você conseguiu incluir Charlie Sheen em algum momento do filme?

Charlie faz uma participação, sim.

As pessoas não apenas odiavam Gordon Gekko, como também o admiravam. Que cuidados você teve que tomar ao atualiar o personagem dele?

Ah, nada é sagrado para mim. Aliás, eu gosto de ir na direção contrária.

Vocês filmaram em Nova York?

Sim, filmamos tudo em Nova York.

O que você achou de diferente em Wall Street, dessa vez?

Ah, tudo é mais computadorizado e mais jovem. As pessoas se queimam e saem do ramo mais rápido. Há muito mais dinheiro e os computadores fazem boa parte do trabalho. Muito é feito por inteligência artificial.

Como você acha que os livros de história vão representar este momento que estamos vivendo agora, do fim do governo Bush até a época do Obama e os problemas da economia?

O mito apareceu. Não posso detalhar muito o que eu acho que vai acontecer. Estamos presos em um regime de segurança nacional e entender como chegamos aqui é crucial porque isso determina todo o debate nos Estados Unidos.

Você acha que o otimismo com o Obama foi errado?

Espero que não. Acho que ele é um homem muito inteligente e estou esperançoso e torcendo por ele. Obviamente, estou muito desapontado. Fui muito claro sobre o que eu acho sobre as ações dele no Afeganistão. Mas ele ganhou e só imagine se o McCain estivesse na Casa Branca. É só isso que eu tenho a dizer.

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