Prometheus
In time
Prometheus
Planeta dos Macacos
A Sala H aplaudiu de pé quando foi anunciado quem seria o mestre de cerimônias do painel da Fox: Damon Lindelof, um dos produtores de Lost e roteirista de Prometheus, um dos filmes que o estúdio da raposa está divulgando na Comic-Con 2011.
Caso você ainda não saiba, Prometheus nasceu como uma ideia de prelúdio para Alien e marcaria a volta de Ridley Scott não apenas à franquia como também à ficção científica. Porém, o projeto foi ganhando novos rumos que acabaram se distanciando do filme de 1979, mas acabaram rendendo um projeto novinho em folha. "Tem o DNA de Alien, mas todo o resto é novo", disse Ridley Scott via satélite e em HD diretamente de uma cachoeira na Islândia para San Diego. A imagem estava tão boa que eu (e muita gente) estava pensando que aquilo era um vídeo gravado, mas não era. Só não foi mais impressionante do que o primeiro vídeo do filme, que começa com um clipe dos filmes clássicos do próprio Scott, que depois fala sobre o filme enquanto revela algumas cenas. E está muito bonito! Uma mistura de Avatar com alguma coisa gosmenta dos aliens.
Charlize Theron entra no palco e já conhecia Scott pessoalmente e queria fazer o filme, mas que estava contratada para fazer Mad Max na mesma época, mas que quando o filme foi adiado, Ridley ligou para ela perguntando se gostaria de entrar no projeto. "Ela é diferente de qualquer coisa que eu já fiz. Ela é uma executiva, fria, mandona, que comanda uma nave pequena. O que eu gosto de Ridley é que nós colocamos camadas nela. Você acha que entendeu quem ela é, mas depois descobrimos que não é nada disso", disse a atriz.
Tecnicamente, o filme marca uma grande mudança na carreira do Scott, que filmou usando câmeras 3D e com o mínimo de computação gráfica possível. O cineasta falou que como nerd de cinema, ele ficou fascinado com a calibragem das lentes e tudo mais e que até pequenos diálogos agora serão filmados em 3D.
Scott também prometeu a presença de robôs no filme - ao seu jeito: "Robôs, andróides, replicantes fazem parte do cenário da Sci-Fi, então era hora de trazer algo novo sobre isso", falou. E questionada por Lindelof, o cineasta disse ainda que o fato do filme ser censura 13 anos não atrapalha em nada a história que ele queria contar. "Sei da responsabilidade que tenho com o estúdio", disse ele se referindo à possibilidade maior de lucro com um filme de censura mais baixa.
A história, que continua mantida sobre segredo, não é sobre especulações, mas sobre o que realmente pode estar lá fora. Scott disse que a ideia surgiu no momento que ele percebeu que havia uma coisa sobre Alien que ninguém tinha perguntado ainda. "Nos últimos minutos do filme você vai entender o que estamos falando", disse. Para finalizar, Scott diz que "tudo o que eu quero é fazer você cagar de medo." E parece que ele vai conseguir.
In Time
A segunda parte começa com a entrada no palco de Andrew Nicol, diretor e roteirista de Gattaca e Show de Truman - O Show da Vida. Nicol diz que seu novo projeto é quase como Gattaca, mas que a engenharia genética melhorou neste tempo.
A ideia do filme é que ao fazer 25 anos, a pessoa pare de envelhecer. Para não sofrer com overpopulação, cada pessoa recebe nesta data mais um ano de vida, que pode ser aumentado à base de trabalho ou outros "bicos". No filme, tempo literalmente é dinheiro. Um cafezinho pode custar três horas da sua vida, um pedágio, 10 anos e assim por diante. "Você tem que comprar o tempo se você quer continuar vivendo. Os pobres não têm tempo de criar nada de novo e os ricos não têm porque criar algo novo", disse Nicol.
Foi mostrado no telão o primeiro trailer, que você pode ver abaixo e mostra que, aos 105 anos (e mais 100 por viver), tem gente que não aguenta mais. Ao ganhar de um ricaço um século de vida, Will Salas (Justin Timberlake) vê seu benfeitor morrer e é acusado de tê-lo matado. E começa então a perseguição.
Para terminar, Lindelof comenta com Timberlake que Cillian Murphy tem um jeitão Tommy Lee Jones em O Fugitivo. O músico e ator responde que eles são seus favoritos, ao lado de Duro de Matar.
O Planeta dos Macacos: A Origem
Para encerrar o painel da Fox vieram os macacos. A apresentação começa com um dos virais do filme, que mostra africanos de alguma milícia brincando com chimpanzé. Um deles resolve dar uma arma na mão do símio - e o estrago está feito.
Sobe ao palco o diretor Rupert Wyatt, que explica os motivos que levaram a fazer este reboot agora. "Tecnologicamente, nunca foi possível contar essa história até agora. Ela tinha que ser contada com macacos de verdade. Temos 150 macacos, não apenas um personagem usando performance capture. Foi só quando nos encontramos com a Weta que decidimos seguir adiante", disse.
O cineasta então começa a falar sobre o seu protagonista símio: "Andy Serkis é um ótimo ator e é por isso que ele é sempre chamado para fazer performance capture." Para ilustrar o que todos já sabem, é mostrada uma cena em que Serkis aparece em ação com a cara cheia de pontinhos verdes de um lado da tela, enquanto Cesar está na outra metade numa perfeição fotorealisticamente assustadora.
Serkis entra no palco e fala que decidiu fazer outro macaco por causa da jornada do personagem, que foi separado de seus pais e passou por muitos problemas. Ele então o compara com Kong, um macaco de 35 pés e Gollum, um viciado de 3,5 pés. Serkis então fala da inovação tecnológica de agora. "O que nós conseguimos fazer de novo agora é que nós podemos ter os atores que estão tendo seus movimentos gravados fora do estúdio, junto com os outros atores."
Na próxima cena mostrada, Will Rodman (James Franco) aparece tomando café da manhã. Seu pai (John Lithgow) aparece segurando o garfo de forma errada na mão e é ajudado pelo macaco. Franco é mostrado no laboratório, enquanto Cesar brinca com uma estátua da Liberdade. Lithgow, que sofre com Mal de Alzheimer, foge de casa e bate o carro. Se apavora. O dono do carro aparece e começa a brigar com ele. Cesar ataca o dono do carro e sai em perseguição pelas árvores do subúrbio. A fera está solta. Ao voltar para o lado de Lithgow, vê tudo mundo com medo dele, enquanto as sirenes da polícia soam. A cena é muito boa.
Depois disso ele é levado para um santuário onde vivem dezenas de outros macacos que não sabem se comunicar entre eles e são controlados na base da ameaça.
A cena seguinte mostra Cesar abrindo sua jaula e preparando para iniciar a sua revolução. Ele foge do local e vai até a casa de Will. Lá, pega um soro na geladeira e libera o gás nas jaulas dos outros animais, que acordam diferente. Tom Felton aparece como o cuidador dos animais. E depois os macacos vão saindo de suas jaulas um a um e se reúnem e começam a se comunicar. Quando Bryan Cox se prepara para ir embora, os animais estão claramente preparando algo...
Para encerrar, é mostrada uma última cena, que faz parte do terceiro ato do filme e tem várias sequências inéditas. No vídeo, vemos a macacada reunida correndo, pulando, quebrando, dominando pelo medo, escalando prédios, atacando helicópteros, pulando sobre barricadas. Começou a ascenção dos macacos.