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Altas Expectativas, uma love Story com o comediante Gigante Leo, representa o Brasil no Festival de Montreal

Estrelado ainda por Camila Márdila, o filme estreia dia 30 de novembro

02.09.2017, às 16H12.
Atualizada em 02.09.2017, ÀS 17H03

Canteiro de descobertas audiovisuais garimpadas em países de línguas distintas do inglês, o Festival de Montreal, cuja 41ª edição vai até segunda-feira no Canadá, incluiu uma love story à brasileira, estrelada pelo comediante Gigante Leo, em sua seleção oficial: Altas Expectativas. A direção é da dupla Álvaro Campos e Pedro Antônio.

Previsto para estrear no dia 30 de novembro, o longa-metragem, que adota Camila Márdila (de Que Horas Ela Volta?) como par romântico do humorista, teve sua primeira exibição nesta sexta, no evento. Domingo tem mais uma projeção, na seção Focus On World Cinema.    

Altas Expectativas gira em torno de Décio, um tímido (porém vitorioso) treinador de cavalos do Jóckey Clube que se apaixona por Lena, uma jovem artista plástica melancólica que acaba de herdar um pequeno café no mesmo espaço. Essa relação seria só mais outra história de amor, se Décio não fosse perspicaz, engraçado, sensível – e também um anão. 

Autor de HQs virtuais como A Corporação e também cineasta, Álvaro conversou com o Omelete sobre o filme diretamente de Montreal.

De que maneira teu filme desafia convenções da comédia romântica?  

Apostamos numa reversão do ideal do herói romântico pop: sai o galã bonitinho, que seria objeto aspiracional pro publico em muito graças a seu visual, entra em seu lugar uma pessoa com limitações físicas. Alguém que deve criar empatia a partir de diversos elementos para alem da questão visual/física. Esse é, justamente, o conflito central do filme (que no final das contas é sobre a percepção do Belo):  o estigma visual e social que o herói romântico carrega, sobretudo quando DE FATO escalamos um ator deficiente, ao contrario de muitas produções que em tese carregam também essa bandeira.  

Qual é o desafio de representar o nanismo sem incorrer em caricaturas?

O desafio foi o de não dar a questão da deficiência como pré-reconhecida ou dominada. O ponto de vista de uma pessoa com deficiência é radicalmente diferente e sua experiência no mundo... é unica. Captar sua sensibilidade especial exigiu de nos um curta doc imersivo: ficamos três semanas acompanhando o Léo 12 horas por dia. Foram necessárias ainda inúmeras leituras de mesa do roteiro para questionar as ações e emoções a partir do ponto de vista DELE. 

Que ator vocês descobriram no Gigante Leo?

Encontramos um ator que vive cada cena como sua ultima. Ele sabe como é difícil haver papeis dramáticos pra ele, então a energia que ele poõ em cena vai alem de questões como empatia e verossimilhança. ele esta mais do que atuando. Esta lutando por igualdade. E cria uma dimensão muito mais ampla sobre o que ele imprime na tela, que é de uma entrega comovente.

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