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Entrevista

Omelete Entrevista: Owen Wilson e Jennifer Aniston, os protagonistas de Marley & Eu

Dupla fala sobre o filme, o romance e a emotiva história real escrita por John Grogan

24.12.2008, às 13H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H43

Marley & Eu, a adaptação do romance best seller homônimo, tem Owen Wilson e Jennifer Aniston como o casal que compra o cãozinho Marley. Conversamos com a dupla em Los Angeles sobre o filme, o romance e a emotiva história real escrita por John Grogan, colunista do Philadelphia Inquirer que reuniu as memórias de seu labrador Marley e relatou o misto de caos e carisma que o cão trouxe à sua casa. Confira.

Como foi trabalhar com tantos cães de todas as idades, os animais que foram usados como o Marley?

Marley e Eu

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Aniston Aniston: Ajudou muito o fato de eu não ter medo de cachorros, mas eram todos muito bem treinados. Os únicos que foram um pouquinho mais complicados foram os Marleys mais jovens. Eles davam mais trabalho aos treinadores. Mas a experiência toda foi ótima.

Qual foi a cena mais complicada de filmar?

Aniston: A cena em que estamos levando Marley para ser castrado. Foi bem complicada a sequência do carro, com ele pulando pela janela. A treinadora estava escondida no banco de trás. Era ação demais para o cachorro.

Uma das coisas mais interessantes sobre esse filme é que se trata de uma comédia romântica, mas uma de um tipo raro - que mostra o casamento como uma coisa boa, o que deve agradar bastante os casados.

Owen Wilson: Sim, é verdade. Parece que todas as vezes que vemos um filme de casamento é sempre negativo. Mas mesmo no nosso temos algumas cenas difíceis. Como nos momentos em que eu tento dizer que ela (Aniston) que está tudo bem, e ela responde "mesmo?", como se não acreditasse em nada daquilo.

Vocês ficaram com algum dos cães que viveram Marley?

Aniston: Eu não... mas meus dois cachorros são adotados. Eu queria muito ficar com o cachorro do pôster. Como era o nome dele?

Wilson: Tank? Ou Chud?! Judd! Eram tantos cachorros no set que parecia um filme de guerra, daqueles nos quais vocês não quer ficar amigo de ninguém porque não sabe se ele estará ali no outro dia.

Aniston: E alguns deles até cresceram no set!

Jennifer, por que você quis fazer esse filme? Às vezes as atrizes preferem esperar para fazer papel de mãe - até que elas mesmas tenham filhos.

Aniston: Não. Ahahaha. Eu queria muito fazer esse filme.

Wilson: Quantas vezes você já interpretou uma mãe?

Aniston: Eu já fiquei grávida em tantos filmes que chega a ser ridículo. A razão pela qual quis fazer este filme foi porque ele é uma espécie de continuação de tantas comédias românticas que existem... com o cara e a menina sempre lutando para ficar juntos e depois têm aquele final feliz, no pôr-do-Sol. Este filme permite que vejamos o que acontece depois, ao longo de 15 anos. É engraçado, é triste e dramático - como a vida. Eu adorei o material.

Vamos falar do final. Dava pra ouvir todo mundo chorando no cinema. Eu idem. Como foi fazer essas cenas?

Aniston: Essas foram bem difíceis. Foram as duas últimas semanas de filmagens, o que foi ótimo, porque não é sempre que podemos filmar na ordem dos acontecimentos da história. Mas nesses dias eu já saía do trailer torcendo pra ser capaz de lembrar meus diálogos de tão emocionada.

Wilson: É... quando eu percebi que essas cenas estavam chegando fiquei bem nervoso porque não sabia se seria capaz de sentir alguma coisa de verdade. Não queria usar as lágrimas falsas que eles tinham deixado à mão. Mas não precisei, porque no momento em que olhei para Cooper, o cachorro que viveu o Marley velho, foi impossível não ficar emotivo. O melhor do filme para mim é que todas as situações não são forçadas, são reais, o que torna muito fácil para nós atuarmos, já que conseguimos nos relacionar totalmente com aquilo.

Vocês têm um filme favorito de cachorro?

Aniston: Benji (1974)

Wilson: Eu gosto do filme Lágrimas de Esperança (Sounder, 1972)

Vocês passaram algum tempo com os Grogan?

Aniston: Um pouco. Era importante para nós honrarmos a história deles, já que ambos ainda estão aqui.

Wilson: Eles nos visitaram logo no começo, na cena da escola de obediência canina. Foi meio estranho porque fiquei meio nervoso sabendo que o cara que eu estava interpretando estava ali, me vendo. O que será que ele achou? Mas eles foram...

Aniston: Adoráveis!

Wilson: Especialmente John. É um cara muito fácil de se gostar.

Parte da razão do filme funcionar tão bem foi a química entre vocês dois, Jennifer e Owen.

Wilson: Nós não nos conhecíamos antes das filmagens. Nos encontramos rapidamente algumas vezes apenas. Foi nos ensaios, eu acho, que percebemos que estávamos em sintonia sobre a maneira que víamos o direcionamento do filme.

Qual é, na opinião de vocês, o apelo dessa história?

Aniston: É uma história real, uma história simples com a qual as pessoas, que geralmente vão aos cinemas se encantar com roteiros malucos, podem se identificar de uma forma muito próxima. "Eu fiz isso", "eu passei por isso" - ou esse cão se parece com o meu. Mas mesmo que você não tenha um cão ou tenha um relacionamento sério, mas não seja casado, é possível se identificar com esse filme.

Vocês tiveram alguma discussão sobre mudar o final?

Wilson: Nós conversamos o tempo todo sobre sermos fiéis ao livro. As pessoas amam tanto essa história que na verdade não havia a menor chance de mudarmos o final dela. Tínhamos que contá-lo como elas a conhecem e honrar essa história. Há algo maravilhoso sobre essa idéia de união, de família, e o ciclo da vida. Não quisemos nos esquivar disso.

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