Nos quadrinhos, é praticamente impossível encontrar um personagem cujas histórias tenham sido escritas ou desenhadas, por toda sua vida, pelo mesmo criador ou equipe de criadores. E, quando se trata do Homem-Aranha, todo quadrinhista que se preze já escreveu ou desenhou uma aventura aracnídea.
A lista abaixo tenta mostrar, em ordem cronológica, quais os principais nomes que deram suas interpretações do herói ou que simbolizam alguma era de seus quarenta e cinco anos de história. Encontra-se aqui desde a criação, quando Stan Lee definiu e manteve o perfil do Aracnídeo, passando pelos momentos negros dos anos 80 e 90, a revolução causada por Todd McFarlane, até os nomes que definem o herói para o novo milênio.
Escola Clássica
STAN LEE (1922-2018)
Fundador do Universo Marvel, criou, na década de 60 não só o Homem-Aranha, mas também Quarteto Fantástico, Hulk, X-Men, Homem-de-Ferro, Thor e tantos outros que sobrevivem até hoje. Além da primeira aventura do aracnídeo, na revista Amazing Fantasy, escreveu e editou as 100 primeiras edições da primeira série própria do herói, Amazing Spider-Man, e ainda teve um dedo nas histórias até 1973. Desde então, participou somente de projetos especiais, como o casamento em 1987, a recente (indicada ao Eisner de 2007) "Stan Lee Meets Spider-Man" e nas tiras de jornal do personagem.
Com Steve Ditko, definiu Peter Parker como o herói mais sofrido das HQs, e acompanhou, ao lado de outros artistas, as transformações sociais e culturais de uma década de imapacto na história americana, os anos 60. Sem falar na criação de todos coadjuvantes - Tia May, Tio Ben, Mary Jane, Gwen Stacy, Harry Osborn, Flash Thompson, J. Jonah Jameson, Betty Brant - e de toda a galeria de vilões do personagem - Doutor Octopus, Homem-Areia, Lagarto, Electro, Mysterio, Kraven, Duende Verde...
Principais histórias: todas as histórias do Aranha por Lee são obrigatórias.
STEVE DITKO (1927-2018)
Jack Kirby, o desenhista que acompanhou Stan Lee na maioria das criações Marvel dos anos 60, fez o primeiro esboço do Homem-Aranha e de seu uniforme. No entanto, foi Steve Ditko quem decidiu que o personagem não deveria ter o mesmo porte físico dos demais heróis, criando assim o franzino Peter Parker.
Ditko foi desenhista de Amazing Spider-Man de 1962 a 1966, e, desde então, atendeu raríssimas vezes a convites para novos trabalhos com o personagem. Recluso e anti-social, o artista também se recusa a dar entrevistas e teve raras aparições públicas.
Principais histórias: é a fase clássica do personagem, portanto obrigatória para quem quer conhecer o aracnídeo. O ponto alto de Lee/Ditko é "If This Be My Destiny...", Amazing #30, quando o Aranha encontra forças em todos os seus amigos para levantar toneladas de maquinário.
JOHN ROMITA (1930-)
Considerado o desenhista que definiu o visual do Homem-Aranha na segunda metade dos anos 60, substituiu Steve Ditko em Amazing Spider-Man e permaneceu na revista até 1973. Romita veio do universo dos quadrinhos de romance da década de 50, e tinha um estilo mais realista, o que garantiu a Peter Parker um elenco privilegiado de lindas namoradas. Voltou diversas vezes a desenhar aventuras do Aranha, inclusive as tiras para jornais no fim da década de 70, e foi diretor de arte da Marvel até a década de 90. Sua maior produção, porém, é o filho John Romita Jr., que seguiu os passos do pai.
Principais histórias: "Spider-Man No More!", Amazing #50, onde o Aranha desiste da carreira e joga o uniforme no lixo, é a edição emblemática da era Romita. Mas toda página dele com Gwen Stacy ou Mary Jane vale ouro.
GERRY CONWAY (1952-)
Aos 19 anos de idade, substituiu Stan Lee nos roteiros de Amazing Spider-Man. Na revista de 1972 a 1975, escreveu tanto tragédias, como a morte de Gwen Stacy, quanto comédias, como o casamento de Tia May com Doutor Octopus. Teve participação importante na criação de Marvel Team-Up (1972) e The Spectacular Spider-Man (1976), respectivamente segunda e terceira séries mensais do Aranha, e foi o responsável pelo primeiro cross-over da história: Superman vs. Spider-Man, de 1976.
Retornou ao aracnídeo em 1988, escrevendo por três anos, ao mesmo tempo, Spectacular e Web of Spider-Man (quarta série do personagem), das quais saiu para começar carreira na televisão.
Principais histórias: "O Dia em que Gwen Stacy Morreu", a primeira aparição do Justiceiro, Harry Osborn assumindo o lugar do Duende Verde, entre várias outras.
GIL KANE (1926-2000)
Nome de destaque na indústria de quadrinhos norte-americana, a contribuição de Gil Kane para os gibis do Aranha foi breve, porém relevante. Alternando com John Romita e depois tornando-se desenhista oficial, ilustrou algumas edições de Amazing Spider-Man no início da década de 70 e de Marvel Team-Up.
Kane manteve um currículo respeitável, circulando pelas editoras norte-americanas ou publicando títulos independentes até falecer.
Principais histórias: "O Dia em que Gwen Stacy Morreu" é de autoria de Kane, e marca a história do personagem até hoje.
ROSS ANDRU (1927-1993)
Foi o desenhista regular de Amazing Spider-Man durante boa parte da década de 70 (73-78), tendo trabalhado em diversas histórias memoráveis da personagem com um estilo bastante próximo de seus predecessores John Romita e Gil Kane. Superman vs. Spider-Man foi desenhada por ele em 1976.
Principais histórias: Superman vs. Spider-Man e Aranha contra Duende Verde-Harry Osborn (Amazing #135-137).
LEN WEIN (1948-2017)
Substituto de Gerry Conway, Wein foi o primeiro escritor do aracnídeo a vir de uma carreira consolidada nos quadrinhos, marcada pelas suas criações para a linha de terror da DC e pelo posto de editor-chefe da Marvel de 74 a 75. Assumiu Amazing e Marvel Team-Up depois disso, iniciando uma era em que o Aranha passa a ser mais super-herói do que herói conturbado.
Sucederam-no Marv Wolfman e Denny ONeil, que levaram o herói aos anos 80 num período sem grandes destaques para a vida aracnídea.
Os Anos 80
SAL BUSCEMA (1936-)
Irmão de um dos grandes ilustradores dos quadrinhos, John Buscema, Sal foi arte-finalista e desenhista tapa-buraco da Marvel no início dos anos 70. Com um estilo que marcou diversos personagens da editora, desenhou o Aranha em Marvel Team-Up, Amazing Spider-Man, nas 20 edições iniciais (1976-1978) de Spectacular Spider-Man e, posteriormente, em mais de 100 edições consecutivas desta última, de 1988 a 1996. Hoje trabalha esporadicamente como arte-finalista.
Principais histórias: "A Criança Interior", Spectacular #178-184, de 1991, onde Buscema consegue adaptar seu estilo clássico à narrativa quebrada de J.M. DeMatteis.
BILL MANTLO (1951-)
Entrando no universo do herói em meados da década de 70, escreveu diversas histórias para Marvel Team-Up e Spectacular Spider-Man. Na última, foi o escritor regular de 1981 a 1984, dedicando-se à retratação do submundo corrupto de Nova Iorque (com destaque para a questão das drogas e do crime organizado) e desenvolvendo a personagem Gata Negra como coadjuvante e namorada do Aranha.
Principais histórias: Spectacular #75, quando a Gata Negra quase morre nas mãos do Doutor Octopus para salvar o Aranha.
ALLEN MILGROM
Com um estilo mais sujo e pesado que o de quadrinhistas precedentes, é conhecido como o parceiro de Bill Mantlo nas histórias do Aranha do início da década de 80 em Spectacular Spider-Man. Também foi escritor da mesma por um curto período, após o qual deixou o Cabeça-de-Teia. Hoje trabalha esporadicamente como arte-finalista.
ROGER STERN (1950-)
Considerado por muitos o sucessor legítimo de Stan Lee, teve o primeiro contato com o Aranha em Spectacular Spider-Man de 1980 a 1981. Mas seu trabalho de destaque veio logo depois, quando mudou-se para Amazing Spider-Man. Trouxe de volta o Peter Parker atarefado com trabalho, universidade e heroísmo, criou o grande vilão Duende Macabro e fez uma Mary Jane muito mais interessante retornar à vida do herói. Após sair de Amazing em 1984, retornou ao aracnídeo apenas para projetos especiais.
Principais histórias: "O Menino que Colecionava Homem-Aranha" é um dos momentos mais tocantes na história do aracnídeo, mas Stern merece todos os elogios pelo mistério em torno da identidade do Duende Macabro, mantido por anos.
JOHN ROMITA JR. (1956-)
Filho de John Romita, iniciou seu trabalho como desenhista de quadrinhos justamente com o Aranha, em fins da década de 70. Com um estilo mais próximo do desenvolvido pelo pai, desenhou Amazing Spider-Man de 1980 a 1983, trabalhando ao lado de Roger Stern. Após desenvolver um estilo mais pessoal em outros trabalhos, voltou ao Aranha em 1995 e continuou com o personagem até 2004, trabalhando ao lado dos escritores Howard Mackie e J.M. Straczynski.
Se não é o artista que mais desenhou páginas do Homem-Aranha na história, certamente é o mais querido pelos leitores.
Principais histórias: toda a fase Stern/Romita Jr. é excelente para quem quer conhecer o melhor do Aranha. Anos depois, o artista também foi o responsável por Amazing (vol. 2) #36, a edição em homenagem ao 11 de setembro.
TOM DeFALCO (1950-)
Passou por diversas séries da Marvel, incluindo Marvel Team-Up, antes de se tornar escritor regular de Amazing Spider-Man em 1984. Ficou até 1987, quase sempre ao lado do desenhista Ron Frenz, neste meio tempo desenvolvendo a saga do uniforme negro. Assumiu a editoria-chefe da Marvel também em 1987, na qual ficou até 1994. Voltou ao aracnídeo em 1995 (em Amazing e por um breve período em Spectacular Spider-Man). Deixou-o novamente em 1998, e na mesma época iniciou a série Spider-Girl, passada num futuro alternativo onde a heroína é filha de Peter Parker. DeFalco continua com sua Garota-Aranha até hoje.
Principais histórias: as edições em que Mary Jane revela que sempre soube que Peter era o Aranha e conta sua conturbada infância (Amazing #257-259) são as melhores de DeFalco. E foram as histórias que deram o pontapé inicial para o casamento dos dois, poucos anos depois.
PETER DAVID (1956-)
David é mais conhecido pela crítica como o escritor que ressuscitou as histórias do Incrível Hulk. No entanto, seu estilo contrastante, de grandes tragédias combinadas a comédia, também trouxe roteiros divertidos para Spectacular Spider-Man de 1985 a 1988. De 1992 a 1996, trabalhou também com a versão da personagem para o universo futurista da linha Marvel 2099 em Spider-Man 2099, a qual escreveu por quase toda sua duração.
O escritor retornou ao Aranha em 2005, para lançar a nova série Friendly Neighborhood Spider-Man, a qual continua escrevendo.
Principais histórias: "A Morte de Jean DeWolff", uma das grandes aventura do aracnídeo nos anos 80, é um dos primeiros roteiros de David. As primeiras edições de Homem-Aranha 2099 também valem a pena.
J.M. DEMATTEIS (1953-)
Após algumas edições de Marvel Team-Up no início dos anos 80, criou em 1987 a que é, para muitos, a melhor história do Homem-Aranha: "A última caçada de Kraven", reflexo do momento dark dos quadrinhos influenciado por Cavaleiro das Trevas e Watchmen.
Após trabalhos pessoais e com outros personagens, desenvolvendo um estilo que alterna entre o terror psicológico e a comédia pastelão, DeMatteis voltou ao Aranha em 1991 e só o deixou em 1998, rodiziando entre Spectacular Spider-Man e Amazing Spider-Man.
Principais histórias: "A Última Caçada de Kraven" e a morte da Tia May (uma das mortes, pelo menos) em Amazing #400.
A Era McFarlane
TODD McFARLANE (1961-)
Vindo de pouquíssimos trabalhos na Marvel e na DC, assumiu os desenhos de Amazing Spider-Man em 1988 com um estilo que definiu o Aranha para a década seguinte e levou as vendas da revista a alturas nunca antes vistas.
Em 1991, McFarlane ganhou uma série própria com o Aranha, Spider-Man, que escrevia e desenhava. A primeira edição foi a HQ mais vendida nos Estados Unidos até então. Pouco mais de um ano depois, o desenhista reuniu outros desenhistas que estavam liderando este boom dos quadrinhos Marvel da época, e juntos fundaram a Image Comics, fugindo dos esquemas contratuais e da falta de liberdade criativa da Marvel.
Principais histórias: a introdução de Venom (Amazing #300) e a luta do Aranha contra o Hulk (Amazing #328) são boas histórias, em contraste com o trabalho solo de McFarlane em Spider-Man, totalmente dispensável.
DAVID MICHELINIE (1948-)
Conhecido pelos roteiros com altas doses de aventura, David Michelinie entrou em Amazing Spider-Man em 1987, depois de escrever o personagem em Marvel Team-Up e Web of Spider-Man. A partir do ano seguinte, seu estilo garantiu o sucesso de Todd McFarlane e definiu, em parte, as histórias do Aranha pós-casamento e para toda a década de 90. Permaneceu em Amazing até 1994, por quase 100 edições.
ERIK LARSEN (1962-)
Sucedeu McFarlane duas vezes: primeiro nos desenhos de Amazing Spider-Man, em 1989, e depois no roteiro e desenho de Spider-Man, em 1991. Seguiu os passos de seu predecessor com um estilo detalhista e cheio de energia, o que lhe garantiu lugar no boom de desenhistas-astros da Marvel no início dos anos 90. Como não podia deixar de ser, acompanhou todos em 1992 na criação da Image Comics.
Principais histórias: "O Retorno do Sexteto Sinistro", Amazing #334-339.
MARK BAGLEY (1957-)
O ilustrador que substituiu Todd McFarlane e Erik Larsen em Amazing Spider-Man teve a difícil tarefa de tentar, ao máximo, garantir um estilo que lembrasse o de seus predecessores. Bagley utilizou elementos destes, mas construiu um estilo próprio que foi a imagem mais recorrente do Aranha em meados da década de 90 - inclusive nos vários produtos licenciados do herói.
Foi desenhista de Amazing de 1991 a 1996, e hoje trabalha na versão do personagem para o universo Marvel Ultimate.
Principais histórias: Bagley foi assolado por péssimos roteiristas durante sua estadia com o Aranha "normal". Suas histórias com Brian Bendis em Ultimate Spider-Man são decididamente mais recomendáveis.
Os Anos 90
HOWARD MACKIE (1958-)
O escritor que mais trabalhou com o Aranha na década de 90, Mackie entrou no universo da personagem em 1992 e só o deixou em 2001. Aplicou seu estilo dark em passagens por Web of Spider-Man e Spider-Man, e liderou um período arrasado pela crítica, que envolveu a criação do vilão Carnificina (utilizado à exaustão na década de 90), a interligação das quatro séries mensais do Aranha (Amazing, Spectacular, Spider-Man e Web), a interminável Saga do Clone (que levou quase três anos) e o relançamento do personagem em 1998.
Com o relançamento, Mackie tornou-se o único escritor das renumeradas Peter Parker: Spider-Man e Amazing Spider-Man por um ano e meio. Deixou a primeira em 2000 e a segunda em 2001. Nunca mais deu as caras nos quadrinhos da Marvel ou de qualquer editora.
Principais histórias: "Carnifica Máxima" e toda a "Saga do Clone" marcam os pontos mais baixos da era Mackie no Aranha.
KURT BUSIEK (1960-)
Apesar de ter trabalhado com o Aranha nos anos 80, Kurt Busiek foi reconhecido pela crítica somente ao escrever Marvels (em 1993), mini-série com uma visão nostálgica sobre o universo Marvel, enfocando, em um dos capítulos, uma das grandes histórias do Aranha: a morte de Gwen Stacy.
Depois de Marvels, Busiek foi convidado a lançar Untold Tales of Spider-Man, série que contava sob nova perspectiva as aventuras do aracnídeo na década de 60. O título durou dois anos, com grande sucesso de crítica.
JOHN BYRNE (1950-)
Uma das figuras mais importantes dos quadrinhos americanos desde a década de 70, já desenhava o Homem-Aranha no início de sua carreira, em Marvel Team-Up. Após duas décadas e dezenas de projetos, seu recente envolvimento com o Aranha aconteceu na reformulação das séries do herói em 1998, quando co-escreveu com Howard Mackie o "fim" do personagem, e na mini-série Chapter One, onde recontou a origem e as primeiras aventuras do Aracnídeo. Byrne também co-escreveu e desenhou Amazing Spider-Man de 1998 a 2000.
Século XXI
BRIAN BENDIS (1967-)
Vindo dos quadrinhos independentes, o escritor Brian Michael Bendis recebeu a tarefa de recriar o Homem-Aranha na linha Ultimate Marvel, onde os personagens da editora são desenvolvidos no contexto do século XXI.
Com um estilo cinematográfico e diálogos marcantes, Bendis tem surpreendido os leitores com sua interpretação do Peter Parker adolescente nas séries Ultimate Spider-Man, que serviu de base inclusive para os filmes do Aranha.
Bendis e Mark Bagley recentemente quebraram o recorde de dupla com maior número de edições consecutivas com o Aranha, após 107 edições de Ultimate Spider-Man.
PAUL JENKINS (1965-)
Após merecer o apoio da crítica com uma história na série Webspinners, Jenkins assumiu os roteiros de Peter Parker: Spider-Man em 2000. Com um estilo focado no psicológico dos personagens, tenta ressuscitar os elementos de humor nas histórias do Aranha, ao mesmo tempo em que explora os demônios pessoais de Peter Parker aos quase trinta anos de idade.
Esta abordagem, porém, foi ficando gasta e Jenkins encerrou sua passagem com duras críticas dos leitores, em 2005, já na nova série Spectacular Spider-Man (vol. 2).
J. MICHAEL STRACZYNSKI (1954-)
Criador da série de TV Babylon V, J.M. Straczynski entrou no mundo dos quadrinhos no início do século. Seu trabalho em Amazing Spider-Man começou em 2001, e baseia-se em colocar o Aranha diante de acontecimentos inéditos e fortes, como a origem mística de seus poderes, Tia May descobrindo a identidade secreta ou mesmo a edição em que o Aranha testemunha o atentado de 11 de setembro aos Estados Unidos.
Suas histórias dobraram as vendas da revista. Mas a relação com leitores e crítica sofreu um baque quando Straczynski invetou filhos mutantes de um relacionamento espúrio entre Gwen Stacy e o Duende Verde Norman Osborn. Sua relação com a crítica e público só vem decaindo desde então, e ele já anunciou que deixa o Aranha no segundo semestre deste ano.
ROBERTO AGUIRRE-SACASSA (1973-)
Um dos últimos escritores a entrar no universo do Aranha, Sacassa comanda a série Sensational Spider-Man (vol. 2), onde desenvolve histórias "secundárias" do herói, focadas menos em sua vida pessoal e mais no uso de seus principais vilões.
MARK MILLAR (1969-)
Millar vem mexendo com o mercado de quadrinhos norte-americano desde o fim dos anos 90, com Authority, Supremos e outras criações. Sua passagem pelo Aranha mereceu o lançamento de uma nova aracno-série, Spider-Man (vol. 2), dentro da linha mais "ousada" da Marvel, Marvel Knights. Sua história durou apenas um ano, mas mexeu com todos coadjuvantes e a maioria dos vilões do personagem.
Millar também mexeu com a história do Aranha ao mostrar uma versão alternativa da adolescência da Tia May na mini Trouble e, principalmente, ao escrever a edição da saga Civil War em que Peter Parker revela sua identidade secreta ao mundo.