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Morre o pintor e quadrinista Frank Frazetta

Ícone das poses da literatura de fantasia tinha 82 anos

11.05.2010, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 14H02

Um dos nomes que definiu o visual dos mundos de fantasia na literatura fantástica e nos quadrinhos no século XX, o estadunidense Frank Frazetta, faleceu nesta segunda-feira num hospital próximo à sua casa nas Montanhas Pocono, no Estado da Pennsylvania. Ele tinha 82 anos.

Frazetta deixou sua marca na cultura pop a partir dos anos 1960, quando começou a ilustrar pôsteres de filmes e capas de livros pulp, como os de Tarzan e Conan. Imagens como a pintura The Death Dealer e as de Vampirella são ícones de seu trabalho.

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Mas o artista começou a trabalhar ainda na década de 40, desenhando quadrinhos para editoras como EC Comics, National Comics e outras. Ele passou quase uma década como assistente de Al Capp, o autor da tira Ferdinando, antes de partir para a companhia de Harvey Kurtzman, o futuro criador da Mad.

Foram suas pinturas dos anos 60 que o tornaram uma referência não só para outros artistas, mas para o mundo do cinema, da música e dos quadrinhos. Em 2008, a capa do livro Escape on Venus - com uma voluptuosa mulher guerreira enfrentando um tigre - foi vendida por US$ 250 mil em leilão. A pintura Conan the Conqueror foi vendida no ano passado por US$ 1 milhão (pagos, dizem, por Kirk Hammett, do Metallica).

Com a fama, Frazetta reduziu sua produção. Na última década, pintou muito pouco devido a sucessivos problemas de saúde. Mantinha um pequeno museu junto a sua propriedade, administrado pela família.

Em dezembro, seu filho Frank Jr. jogou um carro contra uma parede do museu, derrubando-a e entrando para tentar roubar quase 90 quadros - alegando que queria protegê-los de compradores, seguindo desejos do pai. Ele acabou sendo processado pelos outros irmãos. O Frazetta pai veio a público declarar que seu filho era um estranho para ele.

O artista faleceu após um derrame. As dezenas de livros publicados sobre ele, o documentário Frank Frazetta: Painting With Fire, de 2003, e suas centenas de imagens musculosas, fantasiosas, eróticas, aterrorizantes e poderosas vão continuar influenciando muita gente.

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