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Blade: A série de TV

Blade: A série de TV

04.07.2006, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H20

A telinha limita os pulos, piruetas e golpes que se tornaram marca registrada de Blade, mas agora é lá que o caçador de vampiros vai, hã, caçar vampiros.

Blade: The Series estreou no canal americano Spike TV na última quarta-feira, 28 de junho (ainda não tem previsão para chegar no Brasil). Wesley Snipes, que encarnou o personagem na trilogia do cinema, foi trocado pelo rapper (da banda Onyx) Kirk "Sticky Fingaz" Jones. David S. Goyer, que roteirizou os três filmes e dirigiu o último, é o produtor executivo e assina o roteiro do primeiro episódio da série com Geoff Johns.

(Sim, o mesmo Geoff Johns dos quadrinhos - Flash, Lanterna Verde, Infinite Crisis. Johns e Goyer estão repetindo a parceria de anos em Sociedade da Justiça.)

A nova série se passa em Detroit. Blade e seu parceiro Shen (Nelson Lee) investigam um clã de vampiros que, por sua vez, pesquisa a cura para a mítica (não ria) "alergia" a alho. Paralelamente, a ex-militar (e gostosa nas horas vagas) Krista Starr (Jill Wagner) descobre que seu irmão gêmeo foi morto pelos vampiros, e começa sua própria investigação. O Clã de Cthon, a tal turma vampiresca, é liderado por um milionário bem visto na cidade, Marcus Van Sciver (Neil Jackson).

Blade e Krista se batem de frente nas suas buscas, o que leva a uma aliança que não dá muito certo. A conclusão do primeiro episódio - com 1 hora e meia de duração - define que a briga de Blade e sua aliada contra o clã de vampiros de Detroit será o tema do seriado (ou pelo menos desta primeira temporada, de 11 episódios).

Para quem gosta de ação, o seriado é bem interessante. Como nos filmes, o foco está em criar cenas de luta legais - não tão legais quanto as de Blade II, coreografadas pela ótima câmera de Guillermo del Toro, mas ainda assim boas. Você tem que lembrar que não é cinema, é TV, e o que isso significa: as cenas têm que ser "à prova de idiotas", o orçamento só permite efeitos especiais toscos e os cortes são mais rápidos.

Mesmo assim, ainda há aquelas famosas paradinhas "eu sou cool" que o Blade faz depois de dar o golpe fatal no vilão.

Kirk Jones atua tanto quanto Wesley Snipes: nada. Olhos escondidos pelos óculos escuros, cara dura e raríssimas palavras. Blade não deve ter mais que dez falas no episódio.

Quem tem que "atuar" mais um pouco é Jill Wagner (modelo de carreira curta no cinema e na TV). O episódio ganha sentido quando, lá pelos 40 minutos, ela coloca um vestido branco que realça seus atributos e o mantém por um bom tempo (depois troca por roupas, digamos, menores) - os produtores devem ter notado que a audiência só seguiria até o fim do episódio se Krista ficasse no vestido.

Aliás, erotismo parece que vai ser uma constante na série. Não aquela coisa luxuriosa dos vampiros da Anne Rice; tá mais para pornô soft. Krista e Chase (Jessica Gower), a vampirinha loira capanga do vilão, têm uma cena excitante: mulheres de pouca roupa falando de lábios quase colados. O preview do segundo episódio promete menos roupa e mais decotes. O negócio é apelar.

Se você gostou da trilogia Blade, pode ser que goste da série de TV. Ela é mais limitada, mas mantém alguns elementos dos filmes. Se não gostou do caçador de vampiros na telona, bom, lhe resta admirar a Jill Wagner. Se você não considera isso motivação suficiente para assistir a um seriado, e prefere ver fotos da atriz na Internet, bom, então não dá pra aproveitar mais nada de Blade - The Series.

E parece que o primeiro grupo vai se dar bem. A Spike TV já divulgou que o episódio teve um público de 2,5 milhões de pessoas, a melhor estréia para uma série original na história da emissora. Segundo os dados da audiência, Blade foi o destaque da noite de quarta-feira entre homens dos 18 aos 34 e dos 18 aos 49 anos.

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