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Entrevista

Tron: O Legado | Omelete entrevista Jeff Bridges

Ator fala dos objetos de Tron, sua banda "The Royal We" e Woody Allen

18.12.2010, às 00H34.
Atualizada em 18.11.2016, ÀS 07H04

Quase 30 anos se passaram entre Tron (1982) e sua sequência, Tron: O Legado (2010). Jeff Bridges esteve presente nas duas produções como Kevin Flynn, ganhando também uma versão digital mais nova sua em Tron: O Legado. Ele conversou com nosso correspondente em Los Angeles, Steve Weintraub, editor do Collider, e falou sobre o que levaria para casa do set de Tron, sua banda de jazz "The Royal We" e Woddy Allen. Veja como foi:

Tron: O Legado

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Bom vê-lo de novo.

Jeff Bridges: Bom revê-lo.

Há alguns dias…

E essa camisa é de qual filme?

O Dorminhoco, acho.

Sim… Acho que é isso mesmo.

Podemos continuar com isso. Você é fã de Woody Allen?

Sim, cara. Crimes e Pecados deve ser meu filme favorito dele.

Eu adoro aquele filme mas ainda prefiro os filmes dos anos 70, como O Dorminhoco, Noivo Neurótico, Noiva Nervosa e essas coisas.

Sim.

Vou tentar perguntar algumas coisas que ainda não te perguntaram. Hipoteticamente falando, você conseguiu levar alguma coisa para casa do set?

Deste? Acho que levei as minhas miçangas… Ah, já sei o que eu poderia levar. Não está aqui, mas sabe aquelas duas coisas que eu coloco no mantel da casa quando o Clu aparece? Eram dois cubos muito legais que fazem coisas muito interessantes. Na verdade eu levei eles para a festa e eles acabaram usando no filme, mas são meus.

Quando voce está em um grande filme da Disney - e essa é sua segunda vez em um grande filme deles - você ganha um passe livre eterno para a Disneylândia?

Sabe, eu vou perguntar porque não sei nada sobre isso. Mas tenho que perguntar.

Certo.

Porque eu quero um.

Com certeza.

Tudo bem, podem ser bilhetes electrônicos. Bilhetes eletrônicos virtuais.

Eu gosto de pensar que eles dariam alguma coisa.

Também acho.

Sem dúvida. Tenho que perguntar: na sexta você mencionou sua música. Quero que as pessoas que virem está entrevista saibam que você está se dedicando a isso.

Ah, sim…

Você poderia falar um pouco sobre trabalhar com T-Bone, e também como estão as coisas, já que provavelmente entrará em turnê ano que vem.

Sim, estou bem empolgado com o que está acontecendo quanto à música. Coração Louco me fez querer fazer isso, me encorajou a notar a minha música, que faço desde que sou adolescente. Então fui em um estúdio com meu amigo T-Bone e um grupo maravilhoso de amigos que ele arranjou e estamos fazendo um álbum. Deve ser lançando ano que vêm, faremos turnês e tudo isso. Então eu sou do selo Blue Note.

The Royal We. [nome da banda de Jeff Bridges]

The Royal We…

Uma das coisas que eu realmente gostei deste Tron, mais do que tudo, foi como senti que, quando entramos no mundo de Tron, dava para acreditar que era real. Não parecia computação gráfica…

Sim.

Por causa dos sets montáveis.

É, isso não é legal? Isso aconteceu em grande parte por causa do nosso diretor, Joe Kosinski, que é arquiteto. Então o mundo parece real. Você sente que os prédios desse mundo foram pensados e que esse lugar poderia existir.

Você poderia falar um pouco sobre trabalhar nesses sets? Para você, como ator, ajudou ao invés de pensar que estava no chroma key?

Ah, sim. É interessante como essa nova tecnologia, essa captura de movimento, que está disponível para todos os cineastas - desde que você tenha dinheiro para isso… É interessante para mim como o resultado final pode ser diferente dependendo de quem está usando essa tecnologia. Por Kosinski ser um arquiteto, ele trouxe tudo isso para nós. Então tínhamos vários sets montáveis, como a casa de Flynn, e outro diretor poderia simplesmente optar pela computação gráfica, sabe? Mas sempre que podíamos a gente fazia o set real, e nesse sentido nos dava uma impressão que esse mundo do computador era real, de como ele seria se realmente existisse. E a combinação de se tentar ter comida, como ela seria, quando o Flynn passa seu tempo tentando fazer um feijão parecer o mais real possível. Esse tipo de coisa.

Com certeza. Tenho que encerrar por aqui, mas queria dizer parabéns, você está ótimo nesse filme. Estou ansioso para Bravura Indômita também.

Gostaria de dizer uma coisa...

Claro.

É interessante as armações. As pessoas montam para realizar um projeto como esse e então, finalmente, tiram tudo aquilo e você vê a estrutura lá parada sozinha. Essa foi minha impressão quando eu vi aquilo ontem à noite.

Era isso que eu ia perguntar, qual foi a sua reação quando finalmente assistiu.

Foi isso. É tudo sobre essas armações que somem.

Entendo. Muito obrigado, realmente agradeço. É ótimo te ver nesse filme.

Obrigado.

Tron: O Legado já está em cartaz com cópias 2D e 3D.

Leia a Crítica de Tron: O Legado

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