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Agent Carter | Preview da nova série do Marvel Studios

Primeira heroína da editora a ganhar título próprio nas telas estreia com equilíbrio entre humor e ação

07.01.2015, às 02H02.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H42

A minissérie em oito partes Agent Carter resgata na TV a personagem vivida nos cinemas por Hayley Atwell em Capitão América: O Primeiro Vingador.

Agente da SSR - Strategic Scientific Reserve, a futura SHIELD - Peggy Carter (Atwell) começa o programa sofrendo uma demoção. Depois de ser fundamental na luta dos Aliados na Segunda Guerra Mundial contra as forças da Hidra, auxiliando o Capitão América (Chris Evans) no conflito contra o Caveira Vermelha (Hugo Weaving), a espiã vê-se, na tradição retrógrada da época, pré-movimento feminista, tendo que atender telefones e servir cafezinho para seus colegas homens. Faltam 60 anos até a Viúva Negra (Scarlett Johansson), afinal.

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A antiga heroína amarga sua posição no pós-Guerra, em 1946, até que ressurge Howard Stark (ainda longe de ser pai do Tony Stark de Robert Downey Jr), novamente vivido por Dominic Cooper. O industrialista e cientista teve roubada sua nova criação, um composto altamente explosivo e poderoso. Caçado pela SSR, que acredita que ele é um traidor e que teria vendido a invenção a inimigos, Stark solicita a ajuda da antiga aliada. Assim, Peggy começa a operar à margem da organização. Ao seu lado, como apoio, está Edwin Jarvis (James D'Arcy), o mordomo dos Vingadores nos quadrinhos da Marvel, que mantém aqui sua aura de alívio-cômico, sempre no centro da ação, coadjuvando como apoio operacional.

Jarvis é apenas uma das novas referências ao Universo Marvel e seu passado, que a divertida Agent Carter oferece aos fãs. O conglomerado de energia Roxxon e seu presidente, Hugh Jones (o excelente Ray Wise, de Twin Peaks), têm papel central na trama, assim como os Raios Vita do professor Abraham Erskine. Outro nome conhecido dos fãs da Marvel é a organização Leviatã, criada no bloco comunista e que deu trabalho na editora nos quadrinhos - o que deve repetir aqui.

Outros elementos - sutis ou mais escancarados - desse universo também encontram seu espaço no programa, mas não limitam a abrangência de Agent Carter a não-iniciados nas HQs. Os produtores tiveram cuidado em plantar pistas do futuro sem que elas sejam o foco. O interesse é mesmo Peggy Carter, que brilha como a primeira protagonista a ganhar produção própria pela Marvel nas telas.

A personagem é inteligente, cheia de recursos, divertida e tem excelentes diálogos, que Atwell dispara com seu delicioso sotaque inglês e muito estilo. Seu proto-feminismo e a maneira como trafega no mundo masculino da espionagem são trabalhados com humor ácido e sua força valorizada nas boas cenas de ação. Uma sequência em particular do segundo episódio (dirigido por Joe Russo, de Capitão América - O Soldado Invernal) é comicamente dolorosa, enquanto um vilão é surrado pela espiã tendo sons da radionovela "As Aventuras do Capitão América" ao fundo (outro detalhe de época notável).

Com uma atmosfera aventuresca-retrô caprichada que expande o universo de O Primeiro Vingador, Agent Carter distingue-se assim como um segmento único do Universo Cinematográfico Marvel. Um que, pelo distanciamento temporal do cinema ou Agents of SHIELD, deve manter-se bem por conta própria, sem a necessidade de amarras em outras produções. Que esta seja apenas a primeira de uma série de heroínas das HQs a ganhar títulos-solo nas telas.

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