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Entrevista

007 - Operação Skyfall | Omelete Entrevista Robert Wade e Neal Purvis

Roteiristas dizem que está na hora de James Bond voltar ao Brasil para mais uma aventura

12.03.2013, às 22H32.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H23

Para o lançamento de 007 - Operação Skyfall em DVD e Blu-ray, o Omelete foi convidado a viajar de Londres a Edinburgo a bordo do trem Skyfall. Além de apreciar a linda paisagem que vai da capital inglesa até a Escócia, pudemos conversar com pessoas envolvidas no filme. Um destes bate-papos foi com os roteiristas Robert Wade e Neal Purvis, que estão escrevendo os filmes de Bond há 14 anos, desde 007 - O Mundo não é o Bastante (The World is Not Enough - 1999).  Apesar de não voltarem para a próxima aventura de 007 nos cinemas, eles dizem que já sabem para onde o agente secreto deve partir agora: "Bond agora deveria ser filmado no Brasil".

007 - Operação Skyfall

007 - Operação Skyfall

007 - Operação Skyfall

007 - Operação Skyfall

007 - Operação Skyfall

Omelete - De onde veio a ideia de Operação Skyfall?

Neal - Estávamos discutindo isso, e eu lembro que a ideia da casa na Escócia veio, ironicamente, quando eu estava viajando em um trem como este. Originalmente a ideia era irmos para Barcelona, mas não estávamos felizes com isso. 

Omelete - Houve muita pressão para linkar a história dos últimos filmes de alguma maneira, já que este marcava a comemoração dos 50 anos de 007?

Robert - Nós não sabíamos que este filme seria lançado no ano da comemoração, porque não sabíamos quando seria lançado. Foi uma feliz coincidência.

Neal - Nós sempre quisemos evocar Ian Fleming. Para criar este filme nós, com a Barbara [Broccolli], Michael [G. Wilson] e Sam Mendes, voltamos aos livros. Percebemos que The Men with The Golden Gun e You Only Live Twice não foram aproveitados completamente quando adaptados no passado e havia ali material interessante sobre M e a crise do MI6. Também sabíamos que o ponto principal seria a morte de M.

Foi difícil matar a personagem de Judi Dench?

Robert - Não para escrever, pois foi algo forte e ela teve um bom filme como atriz, diferente do passado, em que M só ficava ao telefone, irritada, perguntando onde Bond estava. Desta vez ela tem um papel maior.

Neal - É bom para ela e para a série de filmes porque agora haverá uma nova dinâmica com o personagem de Ralph Fiennes. Ela vinha fazendo esse papel há 17 anos e foi a única dos filmes do Pierce Brosnan a permanecer nos novos, o que foi esquisito de certa forma, mas esse é o mundo Bond.

É muito intimidador escrever um novo filme de 007?

Robert - Na verdade, nós não deixamos isso acontecer. Quando escrevemos Quantum of Solace, achamos empolgante porque o vimos como a continuação de Cassino Royale, embora não tenha funcionado dessa maneira.

A cena da flerte entre Javier e Bond, foi escrita daquela maneira?

Robert - Nós escrevemos dessa maneira, mas nos ensaios eles intensificaram para ficar mais forte.

Alguma ideia para o próximo?

Robert - Nós não vamos escrever o próximo. Acho que já foi o bastante. Nós escrevemos os filmes do 007 por mais tempo que Ian Fleming escreveu os livros. Precisamos de um tempo.

Neal - Leva muito tempo para criar um filme do 007 e deixa você muito preso. E acho que será prazeroso também não tentar criar um filme melhor que Skyfall, pois essa tarefa será difícil.

Robert - A [próxima] história deveria se passar no Brasil e na América Latina agora. É quente, bonito, tem lugares incríveis e pessoas interessantes. Por que não?

007 - Operação Skyfall | Crítica

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