A Magnolia Pictures aproveitou que hoje é dia 20 de abril - 4/20 é um número simbólico na cultura da maconha na Costa Oeste dos EUA - para lançar no país o documentário Marley, sobre a vida do ícone do reggae Bob Marley. O diretor Kevin Macdonald falou sobre o filme ao Playlist - e comparou com Senna.
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Na entrevista, ele fala dos processos que marcaram a criação dos dois documentários. Escocês que começou no gênero com documentários como One Day in September e Touching the Void, e depois migrou para a ficção, com filmes como O Último Rei da Escócia e Intrigas de Estado, Macdonald ajudou a produzir Senna. "Esse filme é o oposto absoluto [de Marley]", diz.
"Senna era basicamente sobre o excesso de material e sobre o incrível arquivo de imagens da Fórmula 1. Uns 90% do filme vieram de lá. No caso de Marley, eu precisei caçar tudo, pequenos pedaços de várias coisas. Cada foto significava dias de negociação com as pessoas, porque são relíquias para os donos. Nos dez ou 11 anos do começo da carreira de Bob não há nenhum registro filmado", diz.
Ainda sobre Senna, Macdonald fala da esnobada do Oscar na categoria de melhor documentário: "Eu não me surpreendi (...) As pessoas querem filmes que reflitam o tempo em que elas vivem, filmes sobre o Iraque ou o Afeganistão ou o colapso bancário. Muitos documentaristas sentem que é isso que os documentários devem cobrir. Eu concordo [com a atualidade dos temas], mas acho que esses filmes poderiam também cobrir outros assuntos bem. Senna recebeu críticas positivas em todo lugar, foi muito bem na Europa, mas não tão bem nos EUA quanto eu esperava. Acho que não há muitos fãs de Fórmula 1 por aqui".