Este é o espaço do Omelete para que vocês possam discutir os acontecimentos quinzenais de Saint Seiya: Soul of Gold. Deixe abaixo seus comentários e teorias sobre "Entre nas 7 Câmaras de Yggdrasil", o 6º episódio da primeira temporada da série, e confira o que nós achamos do capítulo desta semana - caso esteja atrasado com a série, confira os fóruns dos episódios anteriores clicando aqui.
Em mais um episódio dedicado a preparar o terreno para as batalhas entre Guerreiros Deuses e Cavaleiros de Ouro, Soul of Gold retomou o bom nível ao explicar mistérios pendentes desde o primeiro episódio e levantar questões igualmente intrigantes no lugar. No melhor estilo de CdZ, os heróis precisam destruir uma quantia de locais, defendidos pelos vilões, para atingir seu objetivo. Aqui, são os dourados, que precisam adentrar as sete câmaras de Yggdrasil e destruí-las para acabar com a árvore que é, literalmente, a raíz de todo o mal mostrado até agora.
No presente, pouca coisa acontece: os dourados adentram Yggdrasil, os Guerreiros Deuses se dirigem às suas câmaras, e eventualmente eles se encontram nos locais que precisam. Até o pareamento das lutas teve sua cota de previsibilidade, continuando lutas que já haviam acontecido em episódios passados. Aioria enfrenta Frodi, Aldebaran luta contra Hercules e Mu duela contra Fafnir. As duas surpresas ficam por conta de Shura, que vai lutar contra Camus no próximo episódio (já que Milo está nocauteado pela Yggdrasil), e Dohko - falaremos sobre a luta do Mestre Ancião mais para frente.
O que interessa neste episódio é o passado, pois de lá vêm os principais mistérios e explicações para toda a trama. Andreas relembra seu encontro com Aiolos, o único dourado que não deu as caras até agora, por meio de um flashback, revivendo mais uma tradição da série: mostrar o cavaleiro de Sagitário sempre no passado. Aiolos foi o primeiro dos dourados a reviver, ao lado de Yggdrasil. Assim, ele e Andreas se enfrentaram antes mesmo do primeiro episódio de Soul of Gold. Fortes spoilers no próximo parágrafo - leia por sua conta e risco!
Na luta dos dois, descobrimos finalmente quem reviveu os Cavaleiros de Ouro: o próprio Andreas, que quer utilizar o vasto cosmo deles para acelarar o desenvolvimento de Yggdrasil. Em outro repeteco que homenageia a série clássica, o capítulo também revelou que o vilão está enganando até os Guerreiros Deuses, dizendo que Atena e Hades estão conspirando contra Asgard - segundo ele, o deus dos Mortos teria ressucitado os dourados e estaria usando o Grande Eclipse para retardar o crescimento da árvore.
É a estratégia perfeita: ele atraiu os cavaleiros de Ouro para o local onde ele queria, os colocou para lutar contra os Guerreiros Deuses e está aguardando o fim dos embates para absorvê-los, e assim concluir o seu plano. A última pergunta que falta é saber se Andreas é o verdadeiro vilão ou se há alguém por trás dele. Ainda aposto nesta teoria por duas razões: primeiro, porque têm sido algo recorrente nas obras recentes de CdZ, como nas duas temporadas do Ômega; e segundo, porque seria outra homenagem à série clássica, já que Hilda também manipulou os Guerreiros Deuses sob o controle de Poseidon.
Resta saber também o que aconteceu com Aiolos. No fim do episódio, ele cai em um penhasco. Morto ele não está, já que sua armadura não aparece no "relógio" de Andreas como as de Milo e Afrodite - isso sem contar o momento em que ele aparece para Aiolia no primeiro episódio. Tudo indica que ele é o misterioso inimigo de Dohko na câmara dos mortos, mas só os próxmos episódios vão dizer.
Neste capítulo, destaco um aspecto da série que não havia comentado até agora: a trilha sonora. Pela primeira vez, senti que ela fez diferença em um episódio, com trilhas incidentais que acentuaram o drama na hora certa, como no momento em que Yggdrasil aparece pela primeira vez no flasback. Embora a trilha esteja a anos-luz do épico trabalho de Seiji Yokoyama na série clássica, ela tem suas qualidades e finalmente as está mostrando - agora só falta um tema épico para os golpes finais dos dourados nas lutas.
Falar mal da inconsistência do traço desta série é chover no molhado, mas precisamos fazer justiça a um aspecto positivo da animação: os cenários. A árvore Yggdrasil e suas sete câmaras foram muito bem concebidas, mesclando as referências mitológicas sob as quais foram batizadas com o visual dos Guerreiros Deuses que as protegem, como, por exemplo, em Jotunheim, palco da luta entre Hércules e Aldebaran. Na mitologia nórdica, este é o local onde vivem os gigantes - e a câmara tem uma estátua de um gigante logo na entrada -, e suas cores, com esmeraldas verdes, refletem as cores da armadura do Guerreiro Deus.
Vale também citar a ótima concepção da sala de Andreas, na qual ele observa as lutas como se fossem um tabuleiro de xadrez, com direito a peças douradas representando cada um dos Cavaleiros de Ouro - sem dúvidas, mais uma oportunidade de ouro para vender itens relacionados à franquia. Enfim, espero que agora as lutas sejam boas - a começar por Shura contra Camus no próximo episódio.
Até 3 de julho, você pode ver o sexto episódio de Soul of Gold gratuitamente, com legendas em português, no serviço de streaming Daisuki (cliique aqui para assistir), ou todos os episódios pelo serviço de streaming Crunchyroll, por meio de assinatura (clique aqui para acessar o site).