A distribuidora Diamond Comics anunciou seu Top 20 de HQs mais pedidas pelas comic shops nos EUA em setembro. E é óbvio que deu DC Comics: as sete primeiras posições e um total de 17 títulos na lista divulgada foram o resultado do reboot que relançou 52 novas séries a partir da edição 1 ao longo do mês.
Os primeiros lugares foram um concurso de popularidade: Batman #1 ganhou de Action Comics #1 (o novo Superman), que ganhou de Green Lantern #1, que ganhou de Flash #1... daí em diante é só a Bat-linha e a linha-Lanterna - sobrando espaço apenas para Mulher-Maravilha (décima-terceira posição), Aquaman (décima-sexta) e Justice League Dark (vigésima).
Batman
A Marvel Comics só fez frente com o lançamento do novo Aranha Ultimate (nona posição) e os capítulos do mês das sagas Fear Itself (oitava) e "Spider-Island" (décima-oitava).
Nos totais do mercado, porém, foi meio assustador descobrir que DC e Marvel ficaram quase empatadas em termos de unidades vendidas - 35,74% contra 35,37%, respectivamente. Em arrecadação, porém, a diferença é maior: 43,04% contra 37,88%.
Circula pela rede o comentário incisivo do escritor Warren Ellis em seu blog pessoal: "Então tudo que o mega relançamento cheio de mídia da DC em setembro conseguiu foi: meio ponto de liderança em arrecadação sobre a Marvel (que tinha só um lançamento grande em setembro); cinco pontos de liderança em exemplares vendidos sobre a Marvel; e todas os exemplares da DC são retornáveis". Ellis faz referência à estratégia especial da DC de deixar lojistas devolverem o encalhe de seus lançamentos; no mercado direto de HQs nos EUA, diferente do brasileiro, o encalhe fica com a loja - ou seja, todos os números acima são pedidos à DC Comics, não necessariamente vendas. Ellis diz que este resultado representa que não existe concorrência de verdade, e que a Marvel (com a qual o escritor colabora) nem vai precisar se coçar para fazer oposição.
O Comics Reporter secundou Ellis, colocando que "podem ficar discutindo o quanto quiserem esses números de concorrência, quem perdeu mesmo foi o potencial de mexermos com toda a indústria".