Battleship - Batalha dos Mares, filme que adapta para as telas o famoso jogo de tabuleiro Batalha Naval, chega aos cinemas nesta semana. Para o lançamento, o cozinheiro Érico Borgo foi até a Colômbia e teve a oportunidade de entrevistar o elenco e o diretor.
Nesta primeira entrevista, o diretor Peter Berg falou como teve a ideia para o roteiro, a influência de sua infância nas escolhas sobre o filme, a escolha de Pearl Harbor como locação, os aliens e mais!
Confira:
Fale um pouco sobre o começo do projeto. Qual foi a sua primeira reação ao ouvir que seria uma adaptação de Batalha Naval?
A ideia foi minha, então eu ouvi de mim mesmo. Eu disse a mim mesmo: "faça uma adaptação de Batalha Naval". Eu sempre quis fazer um filme sobre a marinha. Eu adoro, meu pai foi da marinha. Achei que com Batalha dos Mares eu poderia fazer um filme de férias divertido, para a família inteira. Era o que eu queria fazer. Esse foi o começo da minha ideia.
Você é um grande fã de história?
Eu sou. Meu pai era viciado em história, ele era fã de história de guerra naval, em particular. Ele costumava me levar a todos os museus da Marinha quando era pequeno. Você foi à festa ontem?
Sim.
Sabe o museu?
Sim.
Ele me levava naquele museu. E me fazia estudar todas as conquistas da Marinha colombiana. E eu falava: "pai, por favor, eu quero ir à praia". E ele falava: "não, nós vamos no Museu da Marinha Colombiana. Vamos aprender sobre a Marinha Colombiana". Eu odiava quando era criança, mas depois que eu cresci eu percebi que eu meio que gostava. Ontem à noite eu estava andando pelo museu olhando as coisas...
Foi o lugar perfeito para uma festa. Pearl Harbor tem um papel muito importante nesse filme. E os japoneses também, claro. Você encontrou alguma resistência por... Por causa da Segunda Guerra Mundial. Dos veteranos ou coisa assim?
Sim, o motivo pelo qual eu coloquei os navios japoneses no filme é que um dia eu estava em Pearl Harbor fazendo pesquisa para o filme e um navio japonês atracou. Ele parou ao lado dos navios americanos. E eu achei que tinha enlouquecido. Eu não percebi que... Eu sabia que os americanos e japoneses são amigos agora mas eu não sabia que dividíamos Pearl Harbor. E fui pesquisar sobre os japoneses... Os Estados Unidos e o Japão fizeram uma guerra horrível. Obviamente, milhões de pessoas morreram. E agora somos amigos. Acho que é uma prova poderosa da habilidade humana de perdoar. Você pode perdoar seu pior inimigo e se tornar amigo de uma pessoa que era seu inimigo mortal. Eu achei interessante, então coloquei no filme.
Eu acho um pouco irônico, no bom sentido, que, no final, o antigo e analógico são cruciais para vencer a luta. Você pode falar um pouco sobre isso? Até a música é analógica, como AC/DC.
Sim, não é tão analógico mas é um pouco.
Sim, é old school.
Sim, eu sou old school. Se você entrar nos navios novos da marinha ele são como computadores gigantes, sabe? Você conhece os homens e mulheres da marinha e eles são pessoas incríveis mas eles se parecem mais com... Fanboys, geeks. Como crianças que ficam na internet. Crianças da internet, videogames. É como um videogame gigante. E se você for aos navios antigos, é muito... eles tinham que carregar as balas. Tinham que carregar aquelas armas. Quando o navio atirava, meio que acertava todo mundo. E eu acho que tem algo... que deve ser dito e respeitado. Vale a pena ter respeito pelo modo antigo. Ao modo analógico de lidar com as coisas. O mundo era diferente antigamente.
Você pode falar um pouco sobre o design dos aliens?
Sabe, eu sempre quis fazer um filme alienígena. Sou um grande fã de "E.T.". Foi muito divertido para mim trabalhar com os designers dos aliens e criar minha própria ideia de como eles deviam ser. Eu queria que eles fossem, de certa forma, como humanos. Queria que eles tivessem vindo de um planeta parecido com o nosso. Então eles têm um sistema respiratório, neurológico, dois olhos, duas mãos e duas pernas. Eles parecem com a gente, mas quando você olha de perto, são diferentes.
Qual será seu próximo filme?
"Lone Survivor", que é um filme...
Com Taylor Kitsch?
Sim, com Taylor Kitsch. É uma história real sobre um tiroteio que aconteceu no Afeganistão em 2006. É como "Falcão Negro em Perigo", mas com um grupo menor de homens. É uma história muito violenta. No final, 19 fuzileiros navais da SEAL foram mortos. Um sobreviveu, e é esta a história. É uma história muito boa.
Olhando para trás, qual foi o maior desafio em "Battleship"?
Eu honestamente acho que foi ter certeza de que a Rihanna não fosse comida por tubarões. Meu medo é que eu seria o diretor que estava filmando quando a Rihanna fosse comida por um tubarão. Eu tinha muito cuidado em colocar homens em volta dela quando ela estava na água. E fazer assim se viessem tubarões, para ela conseguir sair.
Certo. Obrigado.
Battleship - Batalha dos Mares é a adaptação ao cinema do jogo de batalha naval da Hasbro. O filme coloca uma frota internacional para combater uma invasão alienígena. O diretor é Peter Berg. Liam Neeson faz o Almirante Shane, futuro sogro do protagonista, vivido por Taylor Kitsch. Brooklyn Decker, Alexander Skarsgård e Rihanna também estão no elenco.
Battleship tem lançamento marcado para 11 de maio de 2012.