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Super 8 - Omelete Entrevista Joel Courtney, Ryan Lee e Riley Griffiths

Jovens atores falam das dificuldades e da diversão no set do novo filme de J.J. Abrams

12.08.2011, às 00H19.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 17H13

Super 8 entra em cartaz nesta sexta-feira no Brasil. E Steve Weintraub, o editor do nosso parceiro Collider, foi até Londres para representar o Omelete nas entrevistas com o elenco e J.J. Abrams.

No bate-papo, Joel Courtney, Ryan Lee e Riley Griffiths falam de toda a diversão que tiveram no set, a dificuldade de guardar os segredos do fiilme e como foi no dia que Steven Spielberg apareceu no set de filmagem.

Como estão vocês três?

Ótimo e você?

Ótimo.

Eu vou muito bem.

Nós estamos em Londres e vocês já fizeram junket em Los Angeles. Enfim, vocês estão nesta turnê ao redor do mundo. Como é isso para vocês três?

Joel Courtney: Eu estou me divertindo muito. Estar aqui com estes caras, é tipo... Eu nunca saí do país antes. Nunca saí dos EUA a não ser ao Canadá. Eu estou me divertindo muito e muito feliz por fazer parte de Super 8, porque se eu não fosse o filme, não estaria aqui.

Ryan Lee: Eu nunca fui nem ao Canadá. Então, vir a Londres pela primeira vez... este lugar é incrível, toda a arquitetura, os prédios, todas as características da cidade, é muito legal.

Riley Griffiths: Ela é meio surreal, sabe? Você se sente muito agraciado por estar nesta cidade. Em alguns momentos você para e pensa: "cara, eu estou passeando com meus colegas de elenco em Londres".

Parece ser muito difícil.

É sim...

Qual foi a parte mais difícil para vocês, as gravações ou guardar os segredos do filme?

RL: Provavelmente guardar segredo.

JC: Guardar segredo. Filmar com esses caras foi muito divertido, eu queria muito contar aos meus amigos o que estava acontecendo, mas queria que eles ficassem surpresos, então guardar o segredo foi mais difícil.

RG: Eu mal posso esperar para ver as cara dos meus amigos quando eles virem todas as surpresas, e todas as pequenas reviravoltas que há no filme. Este provavelmente será um dos momentos mais legais para mim.

Há muito sigilo sobre este filme. Alguém os chamou de canto e disse: "caras, vocês realmente não podem falar nada sobre isso".

RG: Sim. Meus amigos me ligavam,  e diziam: "E aí, Riley?" e eu dizia: "Olá". E eles: "o que tem no vagão?". E eu...  Eu: "meu Deus, caras..."

RL: Sim, e J.J. sempre nos dizia que precisávamos guardar segredo, e que o filme ficaria muito melhor se nós simplesmente guardássemos segredo. E nós entendemos isso. Acho que nós fizemos um ótimo trabalho.

Com certeza! Chegaram a pedir para que assistissem a algum filme antes de começarem a filmar?

JC: Não nos pediram, mas nós meio que fizemos isso. Eu já tinha assistido... E.T. e Contatos Imediatos, mas os assisti de novo. Mas nunca tinha visto Goonies ou Conta Comigo. Fui assistir só depois da filmagem, mas gostaria de ter visto antes, pois muitas das referências do J.J. fizeram muito mais sentido.

RG: Estes já eram meus filmes favoritos antes - Conta Comigo, The Goonies e Contatos Imediatos. Se você é um cinéfilo e vai assisti-los... são todos clássicos. Você precisa assisti-los.

RL: Este filme tem um estilo E.T., Goonies e Conta Comigo com o toque de Steven Spielberg e renovado. Então é algo pra te deixar empolgado quando você for ao cinema.

Algo que acabei de descobrir, e que não sabia, é que vocês escreveram o filme de zumbi.

RG: Sim.

RL: Sim, escrevemos.

Eu não fazia ideia disso. O que é incrível. Podem falar sobre como foi criar tudo aquilo, e vocês se sentiram pressionados ao saber que isto estaria no filme?

RL: Bem, tivemos que escrever, atuar, produzir, observar todos os ângulos de câmera, entende? Escrever aquelas falas toscas, e criar toda aquela atuação. Foi uma experiência muito divertida. Nós tivemos que fazer tudo sozinhos. Nós tínhamos que mudar do set do J.J, e colocar pressão em nós mesmos para fazer tudo muito bem. Nosso filme é chamado de O Caso. E ficou tão tosco e divertido quanto quisemos. Foi muito legal fazê-lo.

E o valor de produção está no roteiro do J.J. ou no roteiro de vocês?

RG: Estava no roteiro do J.J., com certeza. Meu personagem é maluco por valor de produção. Ele quer usar tudo o que pode ser usado.

Bem, falem um pouco sobre a sequência do trem, que é realmente incrível. Com a coisa do zumbi acontecendo, a grande sequência de ação...  Falem sobre como foi fazer isso.

RL: Sim, o cenário estava incrível. Havia vagões de trem, e pedras que haviam explodido, madeira para todos os lado.

RG:  Foi muito bom, poder... Nós pudemos fazer a maioria das nossas cenas de ação, então... correr através de explosões é o sonho de todo adolescente, certo? Foi simplesmente incrível.

JC: Era um cenário incrível. Tudo que estava caindo era computação gráfica, mas tudo que estava no chão, estava realmente ali. Os vagões de trêm caídos no chão, estavam realmente ali. Na verdade nós subimos lá, e foi muito divertido, porque a vista dali era maluca.

Vocês participaram deste filme e obviamente sabem tudo sobre ele, mas sempre há a primeira vez em que se vê o filme pronto. Vocês não sabem exatamente como será até assisti-lo. Quando assistiram pela primeira vez, mesmo estando no filme, como foram suas reações?

RL: Nós assistimos e... Nós sabíamos do começo ao fim, nós sabíamos o que estávamos fazendo todo dia, em cada cena. A gente se lembrava de quando estávamos atrás de um determinado lugar e a gente ficou jogando coisas uns nos outros.

RG: Foi assim durante o filme inteiro... Trouxe muitas lembranças de volta. Você sabe quando são as partes assustadoras, então você sabe quando vai acontecer, mas mesmo assim isso se assusta, porque é um suspense que vai sendo construído ali, que é muito legal.

Vocês trabalharam para Steven Spielberg. Eu não sei o quanto ele esteve no set, ou o quão ocupado ele estava. Mas quando estava no set,  como foi para vocês? Vocês sentiram a atmosfera um pouco diferente?

JC: Na verdade ele era muito legal, pois ele veio até o set enquanto Riley e eu estávamos filmando. E entre as filmagens, ele entrou e eu o vi, e não tinha certeza se Riley também tinha visto, e eu: "cara, cara..." E foi muito louco. Como você disse, naquela cena o ar estava diferente, meio que nos incentivando a fazer melhor naquela cena. Eu acho que aquela era uma das cenas em que estávamos vendo na TV, as notícias sobre o acidente de trem.

RL: Foi muito legal. Steven estava lá o máximo possível, eu também estava lá e ele é um cara muito legal. Nós conversamos sobre aplicativos de iPhone, ele não ficava: "ok…" Ele não disse: "ok, você precisa mudar isso e aquilo", e nos contou o quão bom estávamos no filme, e o tanto que ele estava se divertindo ao assistir a gente. Mas ele também estava filmando Cavalo de Guerra, então ele não podia ficar lá o tempo todo, mas ele realmente estava lá o máximo que pode, o que era incrível.

Qual foi a sequência mais divertida que vocês fizeram? E qual foi a mais desafiadora?

JC: Sabe, minhas cenas mais divertidas são as que todas as crianças estão juntas porque há muita energia circulando pela sala. E eu adoro estar com as pessoas, eu sou um cara "do povo". Eu adoro estar perto destes caras, é muito divertido. A mais difícil foi a cena que fiz com Kyle, pois aquilo foi realmente muito difícil para mim.

RG: Minha cena mais divertida, provavelmente... o mesmo que Joel disse, sempre que o elenco estava reunido, você fica brincando por aí entre as gravações, e você participa das piadas que estão rolando. É como se divertir, mas aparece na tela. E a coisa mais desafiadora para mim, provavelmente foi que eu tive que ganhar peso para este papel, e há muitas cenas de corrida. A parte mais difícll foi tentar parecer legal enquanto corria, e não parecer fora de forma. Então eu acho que a coisa mais difícil foi fazer parecer que estava tudo bem.

RL: Minhas partes mais legais foram provavelmente, as que pudemos fazer nossas próprias cenas de ação, e correr através das explosões,que é o sonho de toda criança. E fazê-lo na frente de Steven Spielberg e J.J. Abrams foi um sonho que se realizou. E a coisa mais difícil era o meu aparelho. No filme, meu aparelho era falso, então, durante as filmagens eu usei esse tipo de dentadura, para mostrar que meus dentes estavam mudando durante a coisa toda. Às vezes era bastante difícil mantê-las dentro da boca. Eu gritava e ela [PUFT!]: "Olha, lá se foi outra vez".

Eu tenho que terminar com vocês três, mas, sinceramente, eu digo que os três estão ótimos no filme. Parabéns.

JC: Obrigado.

De verdade.

RG: Obrigado.

Super 8 é um filme de aventura e ficção científica dirigido e roteirizado por J.J. Abrams.

A trama se passa em 1979 em uma cidade industrial de Ohio e acompanha um grupo de seis garotos na faixa dos 14 anos que estão tentando fazer um filme de zumbi com uma câmera Super-8. Eles saem à noite para filmar, e acabam registrando a colisão de um caminhão com um trem de carga - de onde sai algo que definitivamente não é humano. Não tarda para que eles comecem a desconfiar que aquilo não foi um acidente, quando misteriosos desaparecimentos começam a acontecer e o exército tenta encobrir a verdade - algo muito mais terrível do que eles poderiam imaginar.

Segundo Abrams, Super 8 é o conjunto de dois filmes. O primeiro era a história de adolescentes que capturam o mundo pela lente da câmera Super 8. O segundo filme era uma ideia de terror setentista que Abrams vendeu para a Paramount, sobre a decisão do governo - quando a Área 51 ficou famosa demais - de transportar seus alienígenas clandestinos em trens para outras localidades secretas ao redor dos EUA.

Kyle Chandler, Elle Fanning (Somewhere), Ron Eldard, Noah Emmerich, Joel Courtney, Riley Griffiths, Ryan Lee, Zach Mills e Gabriel Basso estão no elenco. Steven Spielberg produz para a Paramount.