Depois de ser indicada ao Oscar por Democracia em Vertigem, Petra Costa estreou seu novo documentário Apocalipse nos Trópicos sob longos aplausos no Festival de Veneza. Confira abaixo:
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Apocalipse nos Trópicos
Sucessor do premiado filme de 2019, o novo longa é, para a cineasta, uma oportunidade de abrir os olhos do público para a falta de separação entre igreja e estado:
"Se em Democracia em Vertigem fui confrontada com o fato de que a democracia pode rapidamente desmoronar, em Apocalipse chego a uma conclusão ainda mais perturbadora. Cresci acreditando que o secularismo era uma tendência irreversível e que a separação entre igreja e estado era um dado. Este filme me mostrou o quanto eu estava enganada: uma parte crescente da população brasileira está se alinhando com igrejas evangélicas fundamentalistas que buscam dominar a política. Eles estão convencidos de que estão lutando uma guerra cósmica entre as forças do bem e do mal".
Confira a sinopse oficial do documentário: Quando uma democracia termina e uma teocracia começa? Em Apocalipse nos Trópicos, Petra Costa investiga a crescente influência que os líderes religiosos exercem sobre a política no Brasil. Costa obtém um acesso extraordinário aos principais líderes políticos do país, incluindo o presidente Lula e o ex-presidente Bolsonaro, assim como ao mais famoso televangelista do Brasil: um pastor maior que a vida que parece controlar o segundo como um mestre de marionetes. À medida que o filme revela o papel crucial que o movimento evangélico desempenhou na recente turbulência política do Brasil, ele também expõe a teologia apocalíptica que impulsiona seus principais protagonistas. Assim como em seu filme indicado ao Oscar, Democracia em Vertigem, Costa documenta um tempo de profunda confusão e desespero com lucidez e um olhar poético. Entrelaçando passado e presente, ela nos imerge nas realidades contraditórias de uma jovem democracia que está por um fio e, ao fazer isso, reflete o resto do mundo.
Petra Costa assina o roteiro, ao lado de Nels Bargenther, David Barker e Alessandra Orofino; o documentário foi produzido por Alessandra Orofino.
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