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Crítica

Aviões 2 - Heróis do Fogo ao Resgate | Crítica

Uma mudança de tema para renovar os estoques das lojas de brinquedos

17.10.2014, às 14H05.
Atualizada em 07.11.2016, ÀS 05H03

Aviões 2 é um filme sobre as mudanças da vida, como lidamos com elas e como elas nos fazem seguir caminhos diferentes do que pensávamos. Mas nem mesmo a Disney seguiu a própria lição na hora de elaborar a animação, que segue os mesmos caminhos de seus antecessores. A sequência da animação produzida pela DisneyToon Studio (departamento responsável por filmes diretos para DVD e Blu-ray, como Tinkerbell) segue à risca a cartilha de sucesso comercialmente comprovada em Carros, Carros 2 e Aviões.

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É do primeiro Carros, inclusive, que a história tira a sua maior inspiração: já consagrado como o melhor corredor do mundo, Dusty sofre um problema na caixa de redução de seu motor e é proibido de competir. Frustrado, ele destrói por acidente o aeroporto de Propwash Junction, sua cidade natal. A culpa, no entanto, cai no velho caminhão de resgate Mayday, que é obrigado a arrumar um parceiro para continuar trabalhando. Para ajudar o amigo, Dusty decide se tornar um avião de resgate na base aérea de Pico Pistão.

O local e os coadjuvantes são novos, mas, na essência, Dusty repete sua contraparte Relâmpago McQueen: um astro em um local isolado, que sofre com a falta de cuidados, e que, impedido de fazer o que mais gosta por conta de um imprvevisto, tenta se adaptar a uma nova vida. A história, como você deve imaginar, é igualmente previsível - só que sem a inspiração e a paixão visíveis no primeiro Carros.

Assim como no primeiro filme, o apelo é principalmente comercial. As corridas dão lugar a outro tema que não costuma fazer feio com os meninos: bombeiros e resgate. Com a mudança, mais fôlego para a Disney continuar a ocupar as prateleiras das lojas de brinquedos com produtos relacionados ao universo de Carros. Assim como no primeiro Aviões, há várias adaptações para fisgar o público local. Na dublagem brasileira, temos um punhado de expressões da moda, como "beijinho no ombro", "rei do camarote" e "sabe de nada, inocente", e Tatá Werneck empregando alguns dos trejeitos de Valdirene, sua personagem em Amor à Vida, ao emprestar sua voz à Dipper, a avião-tanque apaixonada pelo protagonista Dusty.

Esteticamente, o filme continua a cartilha de John Lasseter: personagens com os olhos no pára-brisa e formas que traduzem bem suas personalidades. A qualidade da animação não deixa a desejar, com uma bela modelagem de Piston Peak, um misto dos parques americanos Yosemite e Yellowstone, com árvores altas e paisagem montanhosa. É um filme com uma lição bonita, mas que acaba soterrada pelas intenções comerciais e caminhos fáceis tomados pela Disney

Nota do Crítico
Regular