Filmes

Crítica

Black and White | Crítica

Drama familiar de tribunal marca o péssimo retorno de Mike Binder às telas

20.10.2014, às 11H38.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H37

Ainda que seja baseado em fatos, Black and White é um verdadeiro desserviço aos filmes de questões raciais. O longa de Mike Binder parte de uma boa premissa, a disputa de duas familias, uma branca e a outra negra, pela custódia de uma menina fruto da união de jovens das duas famílias.

O problema principal é o tom. A péssima trilha sonora, a atuação repetitiva de Octávia Spencer (emulando Histórias Cruzadas) e a montagem (cheia de fades de todos os tipos) sugerem uma comédia. Mas os demais atores e as situações vividas pelos personagens são totalmente dramáticas.

Os sete anos que ficou parado desde Reine Sobre Mim não fizeram bem a Mike Binder. A mão do diretor pesa em inúmeras ocasiões, especialmente nas sequências em que ele desejar reforçar um ponto. O personagem está com problemas coma bebida? Close na garrafa!

A garotinha, Jillian Estell, também não ajuda. Apesar de adorável, finge sua atuação o tempo inteiro, com cenas de choro com direito a soluços falsos. O longa só garante alguma dignidade quando, no tribunal, sem música e com a câmera congelada em Kevin Costner, registra um eloquente monólogo do ator. De resto, é tudo tão ruim que ao final você nem se importa mais se a familia branca ou a negra ficarão com a menina, contanto que o martírio acabe logo.

Nota do Crítico
Ruim