Asterix, Obelix e o fiel Ideiafix |
A bela Cleópatra (e que nariz!) |
Os Pi´atas aparecem três vezes no filme |
Seis meses depois
de seu lançamento na França, onde foi recebido com grande entusiasmo
pelo público (obtendo 13 milhões de dólares em sua estréia),
chega ao Brasil Asterix & Obelix: Missão Cleópatra
(Astérix & Obélix: Mission Cléopâtre,
por Alain Chabat - França, 2002).
A seqüência de Asterix
e Obelix contra César (Astérix et Obélix contre
César, por Claude Zidi - França, 1999) conta novamente com
Gerard Depardieu como Obelix e Christian
Clavier como Asterix. Desta vez, a dupla trabalha
na adaptação para as telonas de um dos maiores clássicos
dos quadrinhos criados por René Goscinny (roteiros)
e Albert Uderzo (desenhos), Asterix e Cleópatra.
O filme começa com uma discussão entre a belíssima Cleópatra
(Monica Bellucci, de O pacto dos Lobos), e o Imperador
romano César (interpretado pelo próprio diretor
do filme, Alain Chabat). A rainha do Egito grita e esperneia
afirmando que seu povo é o melhor do mundo, pois construiu as pirâmides
e os templos dos faraós. César ri disso tudo dizendo que os egípcios
podem até ter sido um povo grandioso, mas foram conquistados pelos romanos.
Irada, Cleópatra torce o nariz (e que nariz!), e lança um desafio:
em três meses construirá um suntuoso palácio para o imperador,
que terá que admitir publicamente, caso a obra fique pronta no prazo,
que os egípcios ainda são um grande povo.
Cleópatra convida o arquiteto "vanguardista" Numeróbis
(Jamel Debbouze, de O fabuloso destino de Amélie
Poulain) com a seguinte proposta: ou consegue o intento, ou será
atirado aos crocodilos. Desesperado, ele parte para uma certa "irredutível
aldeia gaulesa", na qual buscará a ajuda de um lendário druida,
cuja poção mágica é capaz de tornar invencível
qualquer pessoa. Assim, Asterix, Obelix, Panoramix (Claude
Rich) e Numeróbis partem para o distante Egito com uma árdua
tarefa à frente...
A transposição da história em quadrinhos para a película
é perfeita. Diálogos inteiros são transcritos para as telonas,
bem como o visual, absolutamente impecável. Com orçamento muito
maior que seu antecessor, a produção também conseguiu melhorar
seus efeitos especiais (que já eram bacanas), figurinos e cenários.
As poucas derrapadas acontecem quando o diretor mistura animação
com filmagem, mas são tão poucas que não justificariam
uma crítica negativa.
Com tanto esmero na adaptação, talvez a única coisa que
pode desagradar aos fãs mais conservadores dos gauleses é introdução
de dezenas de referências pop à história. Trata-se de um
artifício para tornar o filme mais reconhecível aos olhos do preconceituoso
público norte-americano, que deve finalmente assistir às duas
adaptações (ainda inéditas por lá) em 2003.
Asterix
& Obelix: Missão Cleópatra |