Direto ao ponto: se você é um daqueles malucos por RPG, que coleciona dados com 250 faces e prefere ser chamado de “Paladino das Trevas” ao invés de seu verdadeiro nome, não perca seu tempo ido ao cinema para assistir Dungeons & Dragons. A produção pode ter recebido o nome do vovô de todos os RPGs, mas as comparações param por aí. O filme não passa de uma aventura boba de fantasia, e das mais fraquinhas.
Os problemas do filme são muitos, a começar pelo roteiro ridículo: dois ladrões se unem a uma feiticeira contra um maldoso mago que pretende dominar tudo o que vê pela frente usando o poder dos dragões. Apesar de óbvio até dizer chega, ele até poderia funcionar, se o filme não fosse um amontoado de cenas e detalhes correndo a mil por hora sem a menor seqüência lógica. As coisas vão acontecendo de uma maneira que é difícil entender o que exatamente está acontecendo. Os atores também não colaboram... Justin Whalin e Zoe McLellan são canastrões ao extremo, e Jeromy Irons deve estar com o aluguel atrasado ou coisa assim para aceitar participar de tudo isso. Aliás, são tão poucas cenas com o ator (apesar de ele ser o grande vilão da trama) que a impressão é exatamente essa, ele só deu uma passada por ali para garantir uma graninha extra.
Mas o pior de tudo é mesmo o diretor Courtney Solomon. Esse é o primeiro trabalho do coitado. E ele já começa mal! O cara não tem a mínima noção de onde colocar uma câmera, a história é toda cheia de buracos e há tremendas falhas na narrativa. Até os efeitos especiais são meia-boca, coisa imperdoável em um filme como esse. Há até um ou outro dragãozinho mais bacana, mas a maioria não convence. Se pelo menos nessa área Dungeons & Dragons tivesse caprichado um pouco, haveria algum atrativo para se ver o filme.
Vale repetir o aviso: se você é jogador do RPG Dungeons & Dragons, fuja desse desperdício de dinheiro da New Line e continue criando suas próprias aventuras, pois vale bem mais a pena.