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Crítica

É o Fim | Crítica

Seth Rogen e Cia. aproveitam liberdade criativa para parodiar seus próprios bromances

10.10.2013, às 19H00.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H37

Mais do que uma paródia de filmes-catástrofe, a comédia de apocalipse É o Fim (This is the End) satiriza os bromances, subgênero dos eternos adolescentes apaixonados por si mesmos, associado aos atores Seth Rogen, Jonah Hill, James Franco e companhia. Como eles se reúnem neste filme, então É o Fim, além de uma grande piada interna, é essencialmente uma autoparódia.

é o fim

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Roteiristas de filmes como SuperbadSegurando as Pontas, Rogen e Evan Goldberg estreiam aqui como diretores. Na trama, baseada no curta Jay and Seth vs. The Apocalypse, Franco recebe uma dúzia de celebridades para uma festa de inauguração da sua casa nova em Los Angeles. Infelizmente a balada é estragada pelo fim do mundo - com tudo o que um apocalipse bíblico promete, de crias e chamas do inferno a arrebatamentos com raios azuis que parecem abduções alienígenas.

É irônico que É o Fim esteja chegando aos cinemas brasileiros, ao contrário de filmes de Rogen e Hill que saem direto em DVD por aqui, porque é preciso conhecer vários deles para pegar a maioria das piadas. Elas referenciam trabalhos anteriores (Franco e Rogen discutem e depois encenam Segurando as Pontas 2) e também as imagens públicas dos atores (os rumores de homossexualidade de Franco, o fato de Rogen fazer sempre o mesmo papel, a carreira de Hill em filmes "sérios" como Moneyball).

Se É o Fim funciona bem dentro dessa proposta bastante restritiva é porque os atores não têm o menor pudor na hora de zoar a si mesmos - especialmente Franco, que circula pela casa com uma mancha de pasta de dente no queixo e assim transformou esse dilema de sair ou não do armário numa questão absolutamente irrelevante.

Colocar Jay Baruchel como protagonista também é uma escolha inteligente: por ser o ator menos conhecido (o que também vira piada...), seu arco dramático se torna um lastro que nos faz acompanhar o fiapo de história com algum interesse. Isso não impede É o Fim de ser basicamente um projeto de vaidade (que ironiza a importância que os atores de Hollywood se dão e, ao mesmo tempo, não deixa de ser todo autocentrado), mas é curioso ver um filme com rara liberdade criativa para poder embalar efeitos visuais caros com trilha sonora de Whitney Houston.

É o Fim | Cinemas e horários

Nota do Crítico
Bom