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Evolução | Crítica

Evolução desordenada

12.07.2001, às 00H00.
Atualizada em 04.11.2016, ÀS 15H01


O que dois atores sérios como David Duchovny, famoso pelo seu papel em Arquivo X, e Julianne Moore, duas vezes indicadas ao Oscar, fazem ao lado dos comediantes Orlando Jones (Endiabrado) e Seann William Scott (Cara, cadê meu carro&qt&, American Pie)&qt& Bom, o mérito de juntar todo este povo é do diretor Ivan Reitman. Ele reuniu este pessoal para fazer seu novo filme, Evolução.

Vendo o trailer é fácil imaginar que se trata de uma comédia, certo&qt& Hmmmm, mais ou menos. Na verdade, o filme tem lá os seus momentos engraçados, mas também vai te dar alguns sustos e tentar amarrar tudo isso num clima de ficção científica.

A idéia não é tão absurda quanto aparenta. Em 1984, o mesmo Reitman fez o divertidíssimo Caça-Fantasmas. O filme foi um sucesso tão grande que ganhou seqüência cinco anos mais tarde e duas séries de desenhos animados.

Como muitas comédias da atualidade, Evolution (título original) ainda consegue arranjar ganchos para homenagear outros clássicos da Ficção. Estão lá trechos parodiando 2001 - Uma Odisséia no Espaço, Alien - o Oitavo Passageiro e O Parque dos Dinossauros entre outros.


Tudo começa quando um meteoro cai no meio do Arizona. Os professores Block e Kane, respectivamente Jones e Duchovny, dão aulas de Geologia e Química e vêem a chance de se tornarem famosos ao descobrirem que a tal rocha trouxe formas vivas do espaço. O que no começo era um ser unicelular vai evoluindo numa velocidade formando insetos, répteis, até chegar aos primatas. Podendo ser extintos, os terráqueos (leia americanos) resolvem cortar o mal pela raiz. Nem tudo sai como esperado e o futuro do mundo acaba nas mãos dos excluídos - os dois professores, um postulante a bombeiro (Scott), dois irmãos bobões e uma agente desastrada (Moore).


O roteiro até que é bem amarrado, mas Evolução não deve seguir os mesmo passos de Caça-Fantasmas. Em seu primeiro fim de semana conseguiu modestos 13 milhões de dólares, provando que não empolgou nem a crítica, nem o público. Parece que a falta de definição sobre o estilo da fita, o que poderia ser um trunfo, foi na verdade o que afundou a história. O roteiro definitivamente não veio junto com o tal meteoro. Faltou evolução nele.

Nota do Crítico
Bom