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Os Normais - O Filme | Crítica

<i>Os Normais - O filme</i>

23.10.2003, às 00H00.
Atualizada em 13.11.2016, ÀS 19H01

Os normais
Brasil, 2003 - 88 min, Comédia

Direção: José Alvagenga Júnior
Roteiro: Alexandre Machado, Fernanda Young


Elenco: Luiz Fernando Guimarães, Fernanda Torres, Marisa Orth, Evandro Mesquita, Emilio Pitta, Tutuca, Fabiana Guglielmetti, Ana Baird.

O programa Os Normais durou três anos e era um sucesso nas noites de sexta da rede Globo. Uma das únicas sitcoms nacionais realmente engraçadas e inteligentes. Corajosamente, foi encerrada no auge... destino de seriados de qualidade como Seinfeld, sua influência direta e inspiração.

Felizmente, as desventuras românticas de Rui (Luiz Fernando Guimarães) e Vani (Fernanda Torres) ganharam uma sobrevida no cinema. Os Normais - O filme, escrito e dirigido pela mesma equipe do programa (Alexandre Machado & Fernanda Young - roteiros, José Alvarenga Júnior - diretor), revela o primeiro encontro do casal e as oito horas subseqüentes.

O filme começa numa cerimônia de casamento fast-food, daquele tipo que se realiza no sábado à noite e dois ou três casamentos ocorrem seqüêncialmente, na mesma igreja. Sai um casal e seus convidados, entra outro, bancos de madeira ainda quentes. Rui, o noivo do casamento das 20h, espera na sacristia o seu horário. Entra Vani, querendo um punhadinho de arroz emprestado para a tradicional "boa sorte" aos recém-casados. Solícito, Rui decide ajudar a moça. Entretanto, sua noiva, via celular, recusa qualquer grama de empréstimo do saco de 5 kg, guardado ferozmente por uma madrinha gorducha. Começa a confusão que, como todo mundo sabe, culminará na união do casal "normal" da TV.

O início da adaptação causa estranheza. Estamos acostumados a ver Rui e Vani na intimidade, em espaços restritos, já completamente à vontade um com o outro. A bizarra seqüência de abertura, justificada mais tarde, também não ajuda.

Entretanto, depois do casamento e da festa, cada casal - ele com Martha (Marisa Orth), ela com Sérgio (Evandro Mesquita) - segue para a sua noite de núpcias. A partir daí, o formato transforma-se em algo bem mais próximo do seriado e os próprios atores parecem ficar mais soltos. É aqui que Os Normais parece realmente começar.

O resultado é interessante. Também já era esperado. Os roteiristas incorporaram grandes doses de comédia romântica para ajudar a costurar as piadas e quadros rápidos que caracterizaram a série. Uma boa saída, já que um longa-metragem nos mesmos moldes do programa seria uma verdadeira overdose. Legal mesmo é ver como tudo começou, descobrir o motivo do eterno noivado de Rui e Vani.

É engraçado e justifica o ingresso.