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O jovem diretor italiano Gabriele Mucinno ganhou fama por aqui com O último beijo (LUltimo Bacio), comédia romântica que fez em 2001. Isso motivou a organização do Festival de Cinema do Rio a trazer mais obras suas em 2003, entre as quais esta outra comédia romântica - que finalmente entra em circuito comercial quase um ano depois -, mais antiga, mas igualmente boa.
Para sempre na minha vida (Come te nessuno mai, 1999) mostra o adolescente Silvio - interpretado por Silvio Mucinno, irmão mais novo do diretor, com quem também escreveu o filme - e seu amigo Ponzi (Giuseppe Santelice) tentando realizar o principal objetivo de um garoto nessa idade: perder a virgindade!
Silvio, então, resolve aproveitar o fato do grêmio estudantil decidir ocupar sua escola para um protesto contra a globalização (!) a fim de conseguir uma garota. Diversas confusões e mal-entendidos com os colegas de turma e a sua própria família vão se seguir até que ele encontre o seu amor.
Nas mãos de um diretor qualquer, uma história assim descambaria rápido para a baixaria estilo Porkys ou American pie, mas Mucinno sabe trabalhar o roteiro para conquistar o público sem recorrer à apelação. Ele também compreende o espírito dos adolescentes e o relacionamento deles com os amigos e a família, o que faz com que qualquer um que tenha vivido essa fase se delicie com a trama.