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Crítica

Um Lugar entre os Vivos | Crítica

<i>Um lugar entre os vivos</i>

24.09.2004, às 00H00.
Atualizada em 09.01.2017, ÀS 08H04

Um lugar entre os vivos
Une place parmi les vivants

França, 2003
Drama - 103 min.

Direção: Raoul Ruiz
Roteiro: Guilles Morris Dumoulin, Jean-Pierre Gattegno, Raoul Ruiz

Elenco: Christian Vadim, Thierry Gibault, Valérie Kaprisky, Cécile Bois, Julie Judd, Jacques Pieiller, Denis Karvil, Dan Condurache

Policial assinado pelo diretor chileno Raoul Ruiz (Genealogias de um Crime) e baseado no livro homônimo de Jean-Pierre Gattégno, Um lugar entre os vivos (Une place parmi les vivants) parte de uma premissa das mais interessantes: O fracassado escritor Ernest Ripper (Thierry Gibault) é procurado pelo excêntrico Joseph Arcimboldo (Christian Vadim), que afirma ser o responsável por uma série de assassinatos de mulheres. Ele quer que Ripper escreva um livro baseado em seus crimes e está disposto a pagar por isso!

Ripper aceita mas, conforme o filme se desenrola, ele começa a ter dúvidas a respeito da moralidade da tarefa, da motivação por trás dos crimes e até mesmo da veracidade da história de Arcimboldo.

Ambientado na Paris dos anos 1950, o filme esbanja estilo. Visivelmente inspirada nos clássicos do cinema noir, a produção herda deste gênero as tramas rocambolescas, personagens exóticos e dilemas de consciência. E mais! Consegue mostrar tudo com uma fina ironia, que dá o tom do filme.

Não é um programa para todos os gostos. Os fãs do gênero podem julgar a trama batida, previsível até, ou então achar que o diretor não trata a história com a seriedade devida. Mas os interessados em ver um filme noir com uma sensibilidade moderna têm aqui um prato cheio para se deliciar!

Nota do Crítico
Ótimo