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Crítica

O Casamento do Ano | Crítica

Elenco estelar não garante que filme saia dos clichês

29.08.2013, às 17H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 15H05

Nem sempre um elenco estelar é sinônimo de sucesso. Entre outros nomes, O Casamento do Ano reúne Robert De Niro, Diane Keaton, Susan Sarandon e Robin Williams, mas não empolga mesmo assim.

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O filme é cheio de pequenos conflitos. Deles, o maior é o fim do casamento de Don (De Niro) e Ellie (Keaton), depois que ele foi para a cama com Bebe (Sarandon), a melhor amiga da esposa. Uma década depois, o filho adotado Alejandro (Ben Barnes) decide esconder da religiosa mãe biológica que seus pais são separados. Don e Ellie então fingem que são marido e mulher durante o casório de Alejandro, dando abertura a diversas piadas não muito inovadoras sobre sexo.

A obsessão por falar do assunto impõe conflitos desnecessários e rasos. Jared (Topher Grace), por exemplo, chegou virgem aos 30 anos, pois espera o amor. No entanto, depois de trocar meia dúzia de palavras com Nuria (Ana Ayora), irmã biológica de Alejandro, fica determinado a passar uma noite com a latina fogosa.

Quando as piadas não são sobre orgasmos de nove horas ou masturbação embaixo da toalha da mesa de jantar, as gracinhas se referem aos colombianos. Como Madonna (Patricia Rae), mãe de Alejandro, faz a católica fervorosa, todos se esforçam para fingir a ela que não são pecadores.

Ao mesmo tempo, Nuria é uma gostosona inocente, que não conhece nada sobre os americanos (apesar de falar inglês fluente) e, depois de uma conversa com Ellie, "descobre" que homens têm que ler poesia antes de conseguir qualquer transa. E, num ataque de esquizofrenia do roteiro, o padre (Williams) pergunta à noiva (Amanda Seyfried) de Alejandro se ele fala inglês - apesar de conhecer há anos os pais adotivos do garoto.

Se fossem removidas as múltiplas subtramas, O Casamento do Ano poderia ter sido um filme muito melhor. De Niro, Keaton e Sarandon formam um bom time e o triângulo amoroso até funciona para uma comédia romântica medíocre - Simplesmente Complicado, de 2009, é um exemplo. Mas abordar todos os conflitos (e estereótipos) possíveis vira uma distração e o que fica de O Casamento do Ano são mesmo só os clichês.

O Casamento do Ano | Cinemas e horários

Nota do Crítico
Regular