Filmes

Crítica

Os Croods | Crítica

Animação pré-histórica usa fórmula a seu favor e diverte pais e filhos

22.03.2013, às 01H08.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H35

Ser pai (e mãe) não é fácil. Na época dos neadertais era ainda pior, com certeza. Sabendo disso e vendo todas as famílias ao seu redor sumindo do mapa, Grug (voz original de Nicolas Cage), tem uma regra para sua família, os Croods: fiquem dentro da caverna! Quem não gosta disso é sua filha adolescente Eep (Emma Stone). Tão curiosa quanto agilizada, ela sai para explorar a cada virada de pescoço do pai. Em uma destas escapadas ela conhece Guy (Ryan Reynolds) e o fogo! E se apaixona - pelos dois! Depois que um acidente chamado "início do fim do mundo" destrói a caverna deles, os Croods são obrigados a procurar um novo abrigo e é assim que começa a aventura.

Os Croods

Os Croods

Os Croods

A DreamWorks Animation mais uma vez foi atrás de algo simples e que está virando sua especialidade: divertir a família. E conseguiu de novo. A animação criada e dirigida por Kirk De Micco (Space Chimps - Micos no Espaço) e Chris Sanders (Como Treinar Seu Dragão) equilibra muito bem as cenas de ação com as de comédia, com sequências capazes de agradar tanto aos filhos quanto aos pais. As piadas vão desde o humor físico do bicho-preguiça de estimação de Guy ao "sofisticado" deslumbramento das meninas pelos sapatos - algo que, aparentemente, vem desde a pré-história.

Graficamente o traço dos personagens pode desagradar aos que buscam cada vez mais o realismo nos personagens gerados por computador. Mas o 3D é trabalhado na medida certa, utilizando elementos como fuligem, faíscas e poeira para criar o ambiente tridimensional, sem se limitar a jogar coisas na direção da plateia. Ao fazer isso, aliás, eles conseguem ampliar o horizonte e mostrar cenários mais realistas, criando um interessante contraste com o estilo de desenho dos personagens. Ajuda também o bom trabalho de "câmera", principalmente em sequências como a caçada do início, que possui até elementos de futebol americano.

Se a história não é um primor de criatividade, ninguém vai poder dizer que ela é mal contada. O desenvolvimento da trama segue à risca a fórmula já testada, com ação, pausas e piadas inseridas cirurgicamente ao longo da caminhada dos Croods fugindo do apocalipse. Fora tudo isso, há a descoberta dos sentimentos que são realmente importantes em você, uma evocação, ainda que bem leve, ao espírito dos projetos da Pixar que não têm carros vermelhos como protagonistas.

Entrevista com Emma Stone, Ryan Reynolds e Nicolas Cage :

Os Croods | Trailer
Os Croods | Cinemas e hoerários

Nota do Crítico
Bom