A saga Crepúsculo (Twilight) trouxe para o mercado um trio de protagonistas com potencial de estourar nas telas. Porém, enquanto o purpurinado Robert Pattinson e a deprimida Kristen Stewart preferem se jogar nos filmes menores, com temática mais dramáticas ou independentes, o descamisado Taylor Lautner tenta abrir seu caminho para os filmes de ação. Nem que seja na marra.
Sem Saída
Sem Saída
Sem Saída
O ex-Shark Boy é a estrela principal de Sem Saída (Abduction, 2011), mas está longe de ser o único nome conhecido. Enquanto ele interpreta o adolescente esquentadinho que quer curtir a vida, mas não tem sequer coragem de falar com a sua vizinha (Lily Collins), quem faz seus pais são Maria Bello (
As Torres Gêmeas) e Jason Isaacs (Harry Potter). A sua terapeuta, que o ajuda a controlar seus impulsos de violência e o sonho recorrente em que vê uma mulher sendo assassinada, é Sigourney Weaver. O filme é um thriller de ação que envolve ainda um agente da CIA interpretado por Alfred Molina (Homem-Aranha 2) e, do outro lado, o ex-agente soviético, papel de Michael Nyqvist (Os Homens que Não Amavam as Mulheres).
Mas rostos e nomes conhecidos não salvam um filme, como todos já sabem. E nas mãos de um diretor limitado como John Singleton ( + Velozes + Furiosos, Quatro Irmãos, Shaft), a tendência é só piorar. Como já é de costume nos filmes do cineasta, a ação é bem coreografada e emocionante, mas a história fica em segundo plano, com situações esperadas e saídas manjadas.
Igualmente previsível é a atuação de Lautner, que aparece duas vezes sem camisa e limita toda a carga dramática de sua atuação nos atos de erguer e abaixar suas sobrancelhas. Mas nesta sua trilha para se tornar o próximo astro dos filmes de ação, Lautner copia quem dominou o gênero por quase 20 anos, Tom Cruise. Tal qual o astro de Top Gun, o adolescente dispensa os dublês na maior parte de suas cenas de ação, pulando, correndo e caindo enquanto mostra para quem quiser ver que é ele mesmo que está ali. É um diferencial, sem dúvida, mas não parece ser o suficiente para segurar um filme, muito menos uma franquia.
Singleton obviamente discorda e já vem dizendo nas entrevistas recentes de divulgação do longa que uma sequência foi pensada durante as próprias filmagens. Apesar da temática do protagonista em busca do seu verdadeiro eu, Sem Saída não é um Bourne. Pode fazer dinheiro (muito dinheiro!) por causa das fãs de Crepúsculo, que vão se derreter no cinema a cada close, beijo mais forte ou jura de amor feita pelo adolescente, que já foi Shark Boy, mas está longe de ser um legítimo leading man de Hollywood. Quem sabe com um diretor mais competente ao seu lado... Bryan Singer já falou que gostaria de tê-lo escalado em X-Men: Primeira Classe...