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Vai Que Cola - O Filme | Crítica

Paulo Gustavo acerta ao levar sitcom para o cinema

30.09.2015, às 15H07.

Vai Que Cola – O Filme é uma boa surpresa entre as comédias brasileiras que têm chegado aos cinemas nos últimos anos. Dirigido por César Rodrigues (Uma Professora Muito Maluquinha) e baseado na série homônima do canal Multishow, o longa tem piadas que funcionam em sua realidade e não tem medo de abraçar as situações exageradas que cria.

Na trama, Paulo Gustavo interpreta Valdomiro, um empresário que vive no Leblon, mas perde a boa vida quando é colocado em um esquema fraudulento de sua empresa. Sem dinheiro, ele se muda para o bairro do Méier, começa a morar na pensão da Dona Jô (Catarina Abdalla) e a entregar quentinhas para bancar sua estadia.

Logo no começo, Gustavo quebra o conceito da quarta parede e interage com o público, inclusive citando muitas vezes que está em um filme. Apesar de usado em excesso em algumas cenas, o conceito funciona em grande parte do longa, que ri de si mesmo e do formato cinematográfico de criar tramas e situações-problema envolvendo o protagonista.

Os exageros ficam por conta do núcleo do Méier, formado por Marcus Majella (Ferdinando), Samantha Schmutz (Jéssica), Fiorella Mattheis (Velna), Cacau Protásio (Terezinha) e Emiliano D’Ávila (Máicol), todos da série de TV. Cada um leva consigo um estereótipo diferente, que é muito explorado, como a senhora simples do subúrbio, a garota bonita que diz ser de outro país e o rapaz gay fã de Barbra Streisand. Mas o formato caricato funciona bem, talvez pela experiência que o elenco traz já de viver esses personagens na televisão.

O único nome que destoa é Fernando Caruso no papel do eletricista Wilson. Apaixonado pela dona da pensão, ele não se envolve muito com os outros e suas aparições em tela são cansativas e pouco engraçadas. Oscar Magrini, Márcio Kieling e Werner Schünemann são novidades e funcionam, apesar de muitas vezes parecerem perdidos nas piadas do elenco principal. Com clima leve, Vai Que Cola – o Filme não pretende ser maior do que é, o que hoje em dia já é muito.

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Nota do Crítico
Bom