Não é de hoje que a Universal Pictures tenta tirar do chão uma refilmagem de Scarface. Em 2017, David Ayer (Esquadrão Suicida) teve uma relação curta com o projeto, deixando a direção do longa dois meses após ser anunciado. Agora, ele explica o motivo.
Ayer negou em entrevista à revista Total Film que o conflito tenha surgido do fato de sua versão do roteiro ser "muito violenta", mas sugeriu que o estúdio estava, de fato, em busca de algo mais leve.
"Um dos melhores roteiros que já escrevi é o meu rascunho de Scarface (...) Não era muito violento. Eu consigo dar conta da violência. Se alguém leva um tiro, eu consigo fotografar onde a cabeça explode, ter uma classificação 18 e não alienar as pessoas. Isso é o básico da cinematografia. Eu criei uma jornada rica pelo tráfico de drogas. O estúdio simplesmente queria algo mais divertido", falou.
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Além de Ayer, diretores como Pablo Larraín (Jackie), Antoine Fuqua (Dia de Treinamento) e até mesmo Luca Guadagnino (Me Chame Pelo Seu Nome) já estiveram envolvidos, todos sem sucesso.
"Eles querem uma audiência grande", continua Ayer. "Eu amo ao Universal, tivemos conversas honestas sobre o filme que eles queriam e o filme que eu gostaria de fazer", concluiu.
No primeiro longa, de Howard Hawks, o personagem era um italiano (vivido por Paul Muni). No segundo, de Brian De Palma, estrelado por Al Pacino, tornou-se cubano.
Na época de anúncio, o reboot de Scarface foi descrito como um tratamento contemporâneo ao gângster, que usaria os elementos em comum dos Scarface de 1932 e de 1983: um imigrante, alguém estranho a um ambiente, que embarca na carreira criminosa para conseguir, por meio de violência, sua própria visão distorcida do "Sonho Americano".
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