Emily Blunt em cena de Oppenheimer (Reprodução)

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Algoritmos teriam barrado Oppenheimer, diz Emily Blunt: "Odeio essa m*rda"

A atriz não acredita que a inteligência artificial é capaz de prever sucesso ou fracasso de filmes

26.04.2024, às 08H46.

Emily Blunt denunciou o uso de algoritmos por estúdios de Hollywood para definir quais projetos deveriam ser aprovados ou engavetados - e usou o sucesso do seu recente filme Oppenheimer como um bom exemplo.

"Eu estive em um filme de três horas de duração, sobre um físico, que teve o impacto que teve", comentou. "Os algoritmos provavelmente não teriam previsto isso. A minha esperança é que o caso de Oppenheimer, e de outros projetos similares, não sejam considerados anomalias. Não podemos continuar traduzindo experiências criativas em diagramas".

Oppenheimer faturou mais de US$ 950 milhões nas bilheterias mundiais, e levou sete estatuetas do Oscar para casa, incluindo melhor filme. Blunt foi indicada a melhor atriz coadjuvante por sua performance, mas perdeu o prêmio para Da'Vine Joy Randolph (Os Rejeitados).

"Algumas coisas na Hollywood contemporânea me frustram, e os algoritmos são um exemplo. Eu odeio essa m*rda, me desculpe pelo palavrão. Mas como ela pode ser associada à arte? Como podemos deixar que um cálculo determine o que vai fazer sucesso ou não vai?", completou a atriz em entrevista à Vanity Fair.

O uso de algoritmos pelos estúdios de Hollywood é um segredo aberto da indústria. Recentemente, o roteirista Brian Helgeland revelou que um algoritmo utilizado pela Netflix determinou o engavetamento de um projeto seu, a sequência do filme Coração de Cavaleiro (2001).