Depois do solitário papel em Lunar, Sam Rockwell volta a brilhar como um dos antagonistas de Homem de Ferro 2. No papel do Justin Hammer, um mercador de armas que fornece para o exército dos Estados Unidos, ele compete com Tony Stark na tecnologia, nas piadas e até nas mulheres.
Homem de Ferro 2
Homem de Ferro 2
Homem de Ferro 2
Homem de Ferro 2
Homem de Ferro 2
O Omelete se sentou com o ator na Comic-Con do ano passado e falou sobre como foi fazer o filme, a pesquisa para o papel e a importância de ter na direção alguém que também é ator. Veja como foi:
Para começar, fale um pouco sobre Justin Hammer, seu personagem em Homem de Ferro 2.
Justin Hammer é um desenvolvedor de armas rival de Tony Stark. Ele inveja o Tony e gostaria de ser como ele. Eles têm um relacionamento bem interessante, nada muito similar a Steve Jobs e Bill Gates, pois Tony e Justin nunca trabalharam juntos. É mais uma rivalidade mesmo e essa nem é a melhor descrição. Está mais para Hamlet e Cláudio.
Qual a conexão entre o seu personagem e o de Mickey Rourke?
O personagem de Mickey aparece do nada e nós nos unimos para derrubar o legado dos Starks.
Mickey Rourke teve que fazer laboratório em uma prisão russa. Como foi seu processo de pesquisa?
Eu assisti ao Bill Murray em Kingpin - Estes Loucos Reis do Boliche (risos) e vi George C. Scott em Desafio à Corrupção. Fiz algumas pesquisas sobre armamento. Conversei com alguns especialistas em armas e também com alguns membros do governo.
Ao pesquisar sobre armamentos, qual foi a coisa mais perturbadora que você descobriu?
Na verdade, fiz mais com o olhar de um garoto que sonha em brincar com as armas. Fiquei mais balançado com a quantidade de armamento estocado e também de aprender sobre o que um terrorista costuma ou não usar. Foi importante para moldar um pouco a minha imaginação.
A rivalidade com Tony Stark se expandiu também para fora das telas? Como foi trabalhar com Robert Downey Jr.?
Sim, eu odeio ele (risos). Não, não... Ele é um grande ator. Sou um grande fã de Robert. O que ele fez em Trovão Tropical foi fenomenal, e o que ele fez com Tony Stark no primeiro Homem de Ferro, ter transformado um herói em um anti-herói, foi único. Parece que ele pegou o protagonista, fatiou em diversas camadas, e o transformou em um herói sem igual, tão ou mais interessante que qualquer vilão. Eu nunca vi isso da forma tão enfática como Robert fez.
Você costuma ler histórias em quadrinhos?
Eu leio desde que era criança coisas de versos gêneros, como Heavy Metal, Conan entre outros. E também li algumas revistas do Homem de Ferro, Homem-Aranha...
Há 10 anos grandes atores menosprezavam participar de filmes baseados em histórias em quadrinhos. Hoje, todos querem atuar para esse nicho. O que você acha que mudou para o gênero se tornar interessante para os atores?
Esse tipo de filme está se tornando mais artístico, como vimos em Batman - Cavaleiro das Trevas e no primeiro Homem de Ferro. Só pelo trailer você já percebe como ele é bem feito cinematograficamente, que é bonito de se olhar, as atuações são bem naturais e acessíveis, tem uma boa direção de atores. Homem de Ferro, especificamente o primeiro, atraiu bons atores como Jeff Bridges. Na história dos filmes baseados em HQs há bons atores como Gene Hackman, Michelle Pfeiffer, Christopher Walken e Heath Ledger, porque obviamente nesse tipo de filme há várias coisas em que se pode trabalhar. É como um livro do Stephen King: os arquétipos são muito interessantes nos quadrinhos, sempre simpatizamos com algum vilão... parece que compreendemos o que está acontecendo com eles. É divertido.
Você teve de malhar para fazer o personagem?
Não, eu apenas brinquei um pouco com as armas junto dos caras que entendiam do assunto. A F2000 é uma arma maravilhosa e apenas brinquei um pouco com ela, aprendi como manipulá-la para o papel, como uma arma de Star Wars. Foi uma coisa empolgante de se fazer, poder atirar e fazer muito barulho, é como ser criança novamente. Eu já tinha atirado com armas em outros filmes como em O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford e As Panteras. Sim, é algo divertido.
Você disse que Homem de Ferro é bastante voltado aos personagesn. Você acha que é porque Jon Favreau também é um ator?
Nós já havíamos trabalhado juntos antes em Crimes Desorganizados (Made), e ele gosta muito de improvisar para deixar real, sem perder o sentido. A atuação tem que ser verdadeira ou então fica óbvio que é falso quando a câmera começa a rodar. É muito divertido. Jon se preocupa com os personagens e acho que é, sim, porque ele também é um ator.
Teve algum detalhe que você quis acrescentar ao personagem?
Sim, eu queria algumas suecas (risos)...
Como ator, como foi seu trabalho com os efeitos especiais?
Quando eu fiz Lunar tive mais contato com a parte técnica. Mas em Homem de Ferro eu tenho muitos diálogos para um filme de ação, acho que sou o mais falante de todos. Em Heróis Fora de Órbita (Galaxy Quest) e O Guia do Mochileiro das Galáxias (The Hitchhiker's Guide to the Galaxy) tivemos mais computação gráfica e mais prostéticos. Todo aquele verde foi uma experiência estranha... Robert tudo bem, mas o verde foi estranho...
Você tinha inveja por não ter uma armadura?
Claro, talvez se tivesse usado a coisa por muito tempo eu não teria. Mas claro que eu adoraria usar uma daquelas armaduras.
Você considera o seu personagem estranho?
Sim, ele é. Mas não tão estranho assim... Ele usa terno!
Homem de Ferro 2 já está em cartaz no Brasil, uma semana antes do lançamento nos Estados Unidos.
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O filme também tem no Omelete o Homem de Ferro 2: Especial do filme