Desde que foi dispensado pela Warner Bros. do filme da Mulher-Maravilha, Joss Whedon tem se dedicado à HQ de Buffy, a Astonishing X-Men e a Goners, projeto antigo que deve virar filme. Mas em entrevista à Wizard ele ainda fala da sua saída de Wonder Woman.
Whedon explica que não houve interferência do estúdio no seu trabalho. "Ninguém veio me dizer que eu não deveria fazer daquele jeito. Eu disse o que eu ia fazer, eles disseram 'faça', eu fiz, eles disseram 'não'. Então eu disse 'ok'", resume o roteirista/diretor. "Eu senti que era o fim por bastante tempo. Posso dizer que eles não estavam entusiasmados, eles me disseram que nem eles sabiam direito o que buscar com esse filme - sabiam apenas que eu não estava dando o que eles queriam. Eles haviam me dado toda a liberdade do mundo."
Whedon foi dispensado do filme no mesmo dia que David Goyer deixou a produção do filme do Flash. "Eu não sei o que David estava fazendo, nem por que a Warner não gostou. Eu sequer sei por que eles não gostaram do que EU estava fazendo", comentou. A comparação com a rival principal da DC, numa situação dessas, é inevitável. "A Marvel achou o caminho, a fôrma. Eles fizeram Homem-Aranha, que é a primeira adaptação de HQ verdadeiramente grande, e depois ensinaram todo mundo como fazer. 'Ser fiel aos quadrinhos? Isso é interessante...'. Os personagens da Marvel se prestam a identificação com adolescentes de um jeito que os heróis da DC ainda precisam alcançar."
A deixa está dada, portanto - há rumores de que Whedon pode escrever e dirigir X-Men 4. "Eu não sabia desse rumor. Eu nem sabia que eles fariam um X4. Cheguei a falar com a Marvel sobre X3, mas as datas não coincidiram, porque eu estava pegando Mulher-Maravilha. O problema de grandes filmes de super-heróis é que tem sempre muitas mãos em cima. Mas eu respeito Kevin Feige [presidente de produção do Marvel Studios], e adoro os personagens. Eu não conseguiria dizer nunca. Mas no momento estou interessado em fazer as minhas coisas", finalizou.