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Entrevista

Omelete Entrevista: Maggie Gyllenhaal

Atriz de Coração Louco fala como foi atuar com Jeff Bridges e ser mãe

09.03.2010, às 00H00.
Atualizada em 05.12.2016, ÀS 15H05

A atriz Maggie Gyllenhaal, indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em Coração Louco fala como foi atuar ao lado do ganhador do Oscar, Jeff Bridges, e quanto a sua experiência como mãe ajudou no desenvolvimento do seu personagem. Ah, e fala também o que espera de Príncipe da Pérsia, que será protagonizado pelo seu irmão, Jake Gyllenhaal.

Assista ao vídeo abaixo (qualidade YouTube) ou na Galeria de Vídeos (requer Quicktime). Ou, se preferir, leia a transcrição feita pela Carina Toledo:

Esse é um daqueles projetos que meio que... Ia ser lançado no ano que vem e, de repente, a Fox Searchlight começa a dar muito apoio, lançando agora e tem se falado muito sobre o filme. Como tem sido esse processo para você? Você poderia falar um pouco sobre isso?

Maggie Gyllenhaal: Essa parte? O lado mais comercial?

Como é ter um filme que ia ser lançado no ano que vem e aí, do nada, te chamam para fazer uma junket de imprensa... Você sabe. 

Bom, é o jeito como este filme tem sido. Eu acho que ele foi meio abençoado, de certas maneiras. Quer dizer, eu recebi o roteiro e disse: "Não é possível que esse filme tenha esse dinheiro, não é possível". Sabe, era em um momento em que filmes independentes como este não estavam sendo feitos. Antes de ler o roteiro eu pensei: "Qual é? Jeff Bridges e Robert Duvall? Tem alguma coisa errada aí". Não pode ser, é muito bom para ser verdade. E, no entanto, foi um ótimo papel e um roteiro realmente legal. E acho que o jeito que está sendo lançado também é muita sorte, sabe? Ele teve uma vida longa para encontrar seu caminho até aqui. E eu realmente acho que é um filme especial. E acho que isso se refletiu também na forma como está sendo lançado. 

Bom, todos estão falando sobre as atuações e sua química com Jeff. Quando você estava filmando com Jeff, você poderia falar sobre como vocês encontraram um jeito de trabalhar juntos? Sabe, foi química imediata, você poderia falar um pouquinho sobre isso?

Sim, foi. Quero dizer, todo ator - não todo ator - mas algumas "escolas" de atuação, você bate o olho e pensa: "Eu não conheço essa pessoa, mas estou assistindo ao trabalho dela e aposto que trabalharíamos bem juntos. Eu acho que eles fariam do jeito que eu faria". Eu conheci o Jeff na premiére de O Sorriso de Monalisa, sabe, anos atrás. E eu tinha tomado algumas taças de champagne e aí disse: "Ai, adoro seus filmes!". E ele disse: "Nós vamos trabalhar juntos um dia". E aí nós trabalhamos. Sabe, sinceramente, nós trabalhamos de maneira tão parecida, nós simplesmente entramos de cabeça. Confiamos um no outro e simplesmente vivemos o papel. 

Você poderia falar também sobre como é interpretar uma mãe, agora que você é mãe. E como isso talvez afetou sua performance de maneira diferente?

Eu tenho mais orgulho desse trabalho do que qualquer filme que já fiz. Eu acho que muito disso tem a ver com ter me tornado uma mãe, sabe desde quando... Minha filha tinha quase dois anos quando eu fiz o filme. Já tinha passado pela fase do bebê, até completar dois anos, até finalmente ter uma criança grande o suficiente que me permitiria ir e ser consumida por alguma coisa. Eu senti que tudo em mim tinha mudado, depois de ter feito isso, depois de ter dado à luz e me tornado uma mãe. Fiquei mais profunda, complicada e até mais relaxada. Acho que algumas das performances antigas e  que mais me orgulhavam são tão meio que selvagens e firmes e fortes. Jean, eu acho que ela é muito mais branda, vulnerável e emotiva e real. E acho que a atuação está mais madura e acho que isso tem muito a ver com ter virado mãe. 

Sem dúvida. Preciso perguntar e espero que ninguém tenha te perguntado isso hoje. Você está empolgada para Príncipe da Pérsia? 

Eu estou empolgada. Meu irmão me mostrou o trailer pela internet e sim, estou muito empolgada! 

Com isso tenho que encerrar. Muito obrigado pelo seu tempo e parabéns pelo filme. 

Obrigada.