A produção de O Hobbit, nova adaptação da série O Senhor dos Anéis, enfrenta atualmente problemas além dos causados pelas finanças da MGM.
Peter Jackson
O Hobbit
Depois dos anúncios de seleção de elenco divulgados na semana passada, uma associação de atores australianos que trabalham também na vizinha Nova Zelândia alertou seus membros a não assinarem contrato com o filme. Eles alegam que os produtores se recusam a colaborar com as solicitações da entidade. Rapidamente, outras sete associações pediram o mesmo a seus integrantes, em apoio à primeira.
Na sequência, Peter Jackson divulgou um longo comunicado dizendo que a associação, a MEAA (Media, Entertainment & Artists' Alliance), estaria se aproveitando da escala e exposição de seu filme para conseguir mais membros e obter mais poder junto à indústria cinematográfica neo-zelandesa. Para o cineasta, o boicote seria uma questão política. "Oportunistas estão tentando usar nosso filme para ganhos pessoais", disse ao Hollywood Reporter. Ele também avisou que se a produção encontrar muitos problemas com as associações de classe, a removerá de sua Nova Zelândia natal em direção à Europa.
Em meio aos relatos de problemas políticos, ao menos o artigo e outros veículos confirmam que Jackson será mesmo o diretor do filme, já que o citam no cargo. O Hobbit, porém, segue sem o sinal verde da New Line e Warner Bros., que aguardam a resolução das questões da MGM. Mesmo assim, a WingNut Films e Weta Digital, empresas de Jackson, seguem trabalhando ativamente na adaptação, apostando que o início das filmagens acontecerá em 2011.
Apesar da certeza de veículos do trade como o Hollywood Reporter, os estúdios ainda não comunicaram a contratação de Jackson como diretor, que segue creditado oficialmente apenas como produtor executivo e roteirista.