O diretor Luca Guadagnino criticou a proibição do filme Queer na Turquia. Durante a sua passagem no Festival de Marrakech, no Marrocos, o cineasta afirmou estar indignado com a decisão do governo.
"Eu me pergunto se eles realmente viram o filme ou se o julgam por ideais gerais ou pela tolice superficial de alguns jornalistas que se concentraram em frases como 'James Bond se torna gay'", disse Guadagnino no evento. "É uma censura obtusa, especialmente em um mundo onde é possível baixar o filme."
"Eu sinceramente espero que realmente acreditem que o tema do filme pode provocar o colapso da sociedade. Isso significaria que a minha crença no poder do cinema é verdadeira e não um delírio. Eu lutarei contra qualquer instituição que queira manchar os inevitáveis poderes do cinema."
Queer teve a exibição proibida pelas autoridades turcas no início de novembro, quando o filme abriria o Festival de Istambul. Na decisão, o governo afirma que o longa possui um conteúdo provocador que poderia perturbar a ordem pública.
No novo filme de Luca Guadagnino, Daniel Craig interpreta o alter ego do renomado autor William S. Borroughs, autor do livro no qual o filme se baseia. O personagem é expatriado americano marginalizado que vive no México e está lutando contra o vício em heroína. Drew Starkey, de Outer Banks, vive um jovem por quem Craig fica loucamente apaixonado.
O filme é escrito por Justin Kuritzkes, roteirista de Rivais, e o elenco conta ainda com Jason Schwartzman e Leslye Manville. Além de Kuritzkes, Guadagnino também trouxe de volta mais colaboradores de Rivais, incluindo os compositores Trent Reznor e Atticus Ross e o diretor de fotografia Sayombhu Mukdeeprom, que vai capturar a estética da Cidade do México dos anos 1940.
Queer estreia nos cinemas brasileiros em 12 de dezembro.