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Quentin Tarantino diz que Alec Baldwin é "10% culpado" por morte no set de Rust

Diretor opinou sobre tragédia que causou a morte de diretora de fotografia

26.08.2024, às 16H02.

Quentin Tarantino acredita que Alec Baldwin tem alguma culpa na tragédia ocorrida no set de Rust que causou a morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins. O diretor abordou o assunto em entrevista ao podcast Club Random (via The Hollywood Reporter).

O tópico de Baldwin atirando acidentalmente e matando Hutchins após receber uma arma cenográfica com munição real foi levantado pelo apresentador Bill Maher. Ele, então, questionou Tarantino sobre o assunto e também deu a sua opinião.

"Como pode ser culpa [de Baldwin] - você achando que ele atirou naquela diretora de propósito ou não. E se ele não atirou nela de propósito, então é tudo besteira. Estou errado?", afirmou Maher.

“Não", respondeu Tarantino. "Acho que estou sendo justo o suficiente ao dizer que o armeiro, o cara que lhe entrega a arma, é 90% responsável por tudo o que acontece quando se trata daquela arma. Mas o ator é 10% responsável” nesse tipo de situação. É uma arma. Você é um parceiro na responsabilidade até certo ponto", continuou.

Tarantino explicou que se Baldwin "passou pelo passo a passo que ele deveria passar, então ele [deveria saber melhor]". Esses passos incluem certificar-se de que "o cano da arma esteja limpo, que não haja nada preso no meio e que sejam mostradas as balas de festim usadas na cena."

O diretor também observou que se um ator está ciente de que tem "três tiros quentes na arma e vai fazer uma cena, se um dos tiros não disparar enquanto ele faz seu 'bam, bam, bam', então ele deve cortar a cena e dizer: 'Gente, um dos tiros não disparou. Acho que ainda estou segurando uma arma quente aqui'", destacou Tarantino. Na linguagem cinematográfica, "arma quente" é o termo usado para descrever armas carregadas com balas de verdade.

Baldwin estava sendo julgado pelo tiro que matou a diretora de fotografia Halyna Hutchins no set de Rust em 2021. O caso foi arquivado pela juíza Mary Marlowe Sommer pela omissão de provas por parte da promotoria.