Samuel L. Jackson em cena de Django Livre (Reprodução)

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Samuel L. Jackson defende uso de xingamentos racistas em filmes de Tarantino

Para o ator, palavras derrogatórias se justificam quando são "um elemento da história"

28.02.2022, às 16H18.
Atualizada em 02.03.2022, ÀS 08H24

Samuel L. Jackson defendeu o uso de xingamentos racistas em filmes do amigo Quentin Tarantino, incluindo Pulp Fiction, Django LivreOs Oito Odiados (nos quais Jackson atuou). Falando ao The Times, o ator argumentou que os xingamentos são parte do contexto histórico das obras de Tarantino.

"Eu acho que está tudo bem se a palavra for usada como um elemento da história, dos temas dela. Uma história de ficção é um contexto. Mas usar palavras derrogatórias só para arrancar uma risada de alguém? Isso é errado", comentou, condenando o uso dos mesmos xingamentos pelo podcaster Joe Rogan, centro de uma polêmica com serviço de streaming Spotify durante os últimos meses.

"Quando estávamos ensaiando Django Livre, Leo [DiCaprio] disse: 'Eu não sei se consigo dizer essa palavra tantas vezes em uma cena'. Eu e Quentin respondemos a ele que era preciso. Sempre que alguém quer um exemplo de uso exagerado dessa palavra, eles citam Quentin, e isso é injusto. Ele só está contando a história, e os personagens falam daquele jeito", completou Jackson.

Tanto Django quanto a colaboração seguinte entre Tarantino e o ator, Os Oito Odiados, são ambientados no século XIX, um pouco antes ou depois da Guerra Civil, conflito entre estados americanos que resultou na abolição da escravatura. Personagens como o fazendeiro escravocrata Calvin Candie (DiCaprio) são retratados usando ofensas racistas nesse contexto.

Django está disponível para streaming pelo NOW, enquanto Os Oito Odiados pode ser encontrado nos catálogos do Amazon Prime Video e da HBO Max.