Como já é de praxe em cinebiografias, Som da Liberdade toma liberdades criativas na hora de adaptar a vida do polêmico Tim Ballard, ativista que luta contra o tráfico infantil — e que recentemente foi desligado da própria fundação após acusações de assédio e má conduta sexual. Diretor do filme, Alejandro Gomez Monteverde afirmou que seu longa, no entanto, seria “mais ou menos 80% verdadeiro”. “Queria que fosse só 50%”, disse, em entrevista ao Omelete, contando também que, inicialmente, a produção não seria baseada em Ballard, e sim uma obra totalmente de ficção.
“Não estava fazendo um documentário”, afirmou Monteverde sobre as ficções do longa. Segundo ele, Ballard insistiu que Som da Liberdade se aproximasse mais da versão já bem contestada de sua história. “Algumas das nossas discussões [sobre como contar a história] duravam três meses até ele perceber que eu precisava [tomar liberdades criativas], porque as pessoas vão ver o filme. (...) Eu disse ‘isso é para começar uma discussão sobre tráfico de crianças, mas precisa entreter.”
“Me pergunte se ele teve uma arma apontada para a cabeça dele na Colômbia [como mostrado em Som da Liberdade]. Não teve! Perguntei a ele ‘você já teve uma arma apontada para a sua cabeça?’. Ele disse que sim, no Haiti. Respondi ‘ótimo, agora vai acontecer na Colômbia’.”
Anteriormente, Ballard já havia afirmado que Som da Liberdade buscou deixá-lo mais heróico — saiba mais.
Estrelado por Jim Caviezel, Som da Liberdade está em cartaz nos cinemas.
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