Depois de lançar o seu melhor episódio da segunda temporada na semana passada, A Casa do Dragão pisou no freio e voltou a testar a nossa paciência em seu quinto capítulo, exibido neste domingo (14) na HBO. Toda a expectativa criada com o início da Dança dos Dragões caiu por terra com mais uma sequência de eventos modorrentos e que parecem andar em câmera lenta.
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Após a batalha em Pouso das Gralhas que culminou na morte de Rhaenys (Eve Best), os Verdes e os Pretos precisaram se reorganizar e lidar com grandes perdas. Aegon (Tom Glynn-Carney) foi levado de volta para Porto Real entre a vida e a morte, enquanto Aemond (Ewan Mitchell) acabou nomeado Regente pelo Conselho Real - para o desgosto de Alicent (Olivia Cooke), que conhece muito bem do caráter do filho e sabe de sua culpa na tragédia que quase matou Aegon.
Do lado dos Pretos, Rhaenyra (Emma D'Arcy) continua tentando controlar seus aliados cada vez mais rebeldes, mas Daemon (Matt Smith), que foi um dos principais destaques da primeira temporada, continua em Harrenhal andando em círculos e sofrendo com seus delírios. Já faz três episódios que a trama do príncipe ficou estagnada nas ruínas do castelo e parece não andar, sendo um verdadeiro desperdício do talento do ator.
Nem mesmo a ascensão de Aemond a novo líder de Porto Real parece ter oxigenado a narrativa dos Verdes em A Casa do Dragão. Triste, feliz, irritado ou satisfeito, o irmão de Aegon segue com a mesma cara fechada e não esboça qualquer reação. O chatíssimo Criston Cole (Fabien Frankel), traumatizado com as mortes em Pouso das Gralhas, viu que os horrores da guerra vieram para ficar e vê no Regente a única opção para comandar o exército contra as forças de Rhaenyra, um apoio que também pode custar o seu tórrido caso proibido com Alicent.
Se podemos dizer que o quinto episódio desta temporada avançou em algum aspecto é graças a Jace (Harry Collett). Ciente de que não pode contar com Daemon, o primogênito de Rhaenyra espacou de Pedra do Dragão e foi negociar com o Frey (sim, aqueles Frey) uma aliança contra os Verdes. Na volta para casa, ele lembrou a mãe de que possuem mais dragões do que os rivais e a ajudou a pensar em uma estratégia que será importantíssima para o decorrer da guerra.
Quem também merece um pequeno destaque é Corlys Valeryon (Steve Toussaint). Ainda de luto pela morte de Rhaenys, o Serpente Marinha parece finalmente pronto para se juntar à batalha e ajudar Rhaenyra como seu novo Mão do Rei. Sua presença será importante no futuro por sua conexão com os irmãos Alyn (Abubakar Salim) e Addam (Clinton Liberty) - entenda mais aqui.
Com pouquíssimos acontecimentos marcantes, o quinto episódio é mais um ponto negativo na trajetória de A Casa do Dragão. Com a nova leva chegando em sua reta final, outra jornada lenta como esta pode espantar o público e impedir que o spin-off se aproxime do sucesso conquistado por Game of Thrones.
A segunda temporada de A Casa do Dragão está em exibição, com episódios semanais aos domingos, às 22h, na HBO e na Max.