A Casa do Dragão (House of the Dragon, no original em inglês) se prepara para estrear, no próximo dia 21 de agosto, cercada por expectativas – e nem poderia ser diferente. A série sobre a dinastia Targaryen, afinal, é derivada de Game of Thrones, indiscutivelmente o maior fenômeno televisivo do século 21, capaz de mobilizar milhões de espectadores a cada domingo durante sua exibição.
Seu elenco sabe bem o peso disso, como fica claro nas entrevistas para o Omelete no fim de julho, a pouco menos de um mês para a grande estreia. “Game of Thrones é uma das maiores séries que já existiram”, diz Fabien Frankel, que interpreta o misterioso Sir Criston Cole. “Não sei se temos como bater o sucesso de GoT, mas espero que consigamos fazer tanto sucesso quanto, e que os fãs da série original se tornem nossos fãs também”.
Os fãs mencionados por Frankel são, inclusive, parte importante do legado, já que Thrones e a obra que a inspirou (a saga literária As Crônicas de Gelo e Fogo, de George. R.R. Martin), possuem uma base de fãs gigantesca – e muito expressiva, algo que Paddy Considine, o rei Viserys, experimentou na pele. “Muitas pessoas ficaram decepcionadas quando eu fui escalado, o que foi um pouco injusto, já que ninguém viu nada ainda”, recorda. “Mas tudo bem, as pessoas só querem que seja bom. Nós fizemos o nosso melhor, e vamos deixar para os deuses agora”.
O ator britânico diz que tem um “grande respeito” pela obra de Martin e pela série original, mas que, no fim das contas, tentou se concentrar em seu próprio trabalho de interpretação. “Eu sou apenas um ator a quem foi dada a responsabilidade de interpretar o rei Viserys, e não posso tomar outras coisas”, reflete. “Só fiz o meu trabalho, há coisas que estão fora do meu alcance. Mas eu estaria mentindo se dissesse que não quero que as pessoas gostem da série e a recebam bem”.
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Para Milly Alcock e Emily Carey, que vivem as jovens Rhaenyra e Alicent, a relação com Game of Thrones é um pouco diferente, já que elas tinham, respectivamente, apenas 11 e 8 anos quando a série estreou. “Não era apropriado para nós na época, mas depois vi tudo”, diz Alcock, para quem o grande desafio no novo trabalho não foi a pressão, mas sim a necessidade de se mudar da Austrália, onde morava, para o Reino Unido, onde as gravações de A Casa do Dragão aconteceram.
“Sei que há referências, mas estamos nos estabelecendo como uma série completamente diferente, enquanto ainda homenageando a original”, afirma a atriz, com quem Carey concorda: “[A nova produção] deve parecer familiar, queremos que as pessoas sintam que estão de volta a Westeros, que se sintam como se sentiram com a original. Mas queremos que as pessoas entendam que é uma nova era”.
E é mesmo: A Casa do Dragão se passa cerca de 170 anos antes dos eventos de Thrones, no que era o ápice da dinastia Targaryen (sim, os antepassados de Daenerys) no Trono de Ferro.
O Omelete já viu o primeiro episódio da série – e embora não possamos falar muito, dá para entregar que ele empolga e é bem-sucedido em mesclar muitos dos elementos que alçaram Game of Thrones ao sucesso com uma nova ambientação e novos personagens. Ajuda que, claro, a série venha de mentes afinadas com a original: George R.R. Martin é um dos criadores da série, baseada em seu livro Fogo e Sangue, e Miguel Sapochnik, diretor de episódios icônicos como “Batalha dos Bastardos”, é um dos showrunners da nova empreitada.
A Casa do Dragão estreia no dia 21 de agosto, às 22h, na HBO e na HBO Max. Fique ligado no Omelete, porque nas próximas semanas traremos mais revelações e curiosidades do nosso papo com o elenco da série.