Acabou a sexta temporada de Game of Thrones e muita gente começa a procurar o que assistir para ocupar o espaço da adorada série da HBO. Pensando nisso, a redação do Omelete separou algumas dicas que podem preencher o buraco que ficou no seu domingo a noite. Se você está atrás do que ver agora que Daenerys, Tyrion, Cersei e companhia só voltam em 2017, vem com a gente que só tem dica boa na galeria abaixo:
Patricia Gomes | Silicon Valley
A produção que aborda os problemas de uma startup no Vale do Silício tem tantas reviravoltas como um episódio em Westeros, porém, é claro, com muita comédia. Com três temporadas e episódios curtos (30 minutos), ela é ótima para maratonar e dar boas risadas, principalmente com o personagem de TJ Miller, que você deve conhecer por conta de Deadpool. Dê uma chance para essa série que passava aos domingos logo após Game of Thrones, mas não tem todo o destaque merecido. (Todos os episódios estão disponíveis na HBO Go)
Natália Bridi | Freaks and Geeks
Além de revelar uma geração de atores, diretores, roteiristas e produtores, a série criada por Paul Feig é uma lição de desenvolvimento de personagens, com episódios que misturam humor e drama com uma sensibilidade sem igual. A trilha sonora e o "cuidado cinematográfico" na condução da narrativa são de encher o coração. Tem apenas uma temporada de 18 episódios e deixa saudade assim que termina. (Todos os episódios estão disponíveis na Netflix)
Marcelo Forlani | Misfits
Quem se lembra da série Heroes? A ideia era ótima e aguentou bem...menos de uma temporada. Misfits é uma versão melhorada que usa um pouco da ideia de Heroes, mas protagonizada por adolescentes da terra da Rainha que não estão nem aí para nada. Tudo começa quando este bando que está cumprindo pena de serviços comunitários por pequenos delitos é atingido por uma tempestade e ganha superpoderes. A cada episódio eles vão aprendendo a domar estes novos atributos, enquanto o público vai descobrindo porque é que cada um deles está ali. (Todos os episódios estão disponíveis na Netflix)
Jefferson Kayo | Brooklyn Nine-Nine
O único ponto semelhante com Game of Thrones é que ambas são séries muito boas. A comédia estrelada por Andy Samberg retrata o dia-a-dia de uma delegacia de polícia em Nova York. Piadas rápidas, histórias fechadas e personagens peculiares. Um comandante negro e gay, um sargento fisiculturista viciado em yogurt e um detetive com finos gostos culinários são alguns dos personagens da série. (As duas primeiras temporadas estão disponíveis na Netflix)
Jacidio Junior | Black Mirror
Precisei de um tempo para me recuperar de um episódio, "Fifteen Million Merits". Produção que vai além do que eles contam na tela, com um dos melhores roteiros que já vi. Além do entretenimento, Black Mirror garante uma excelente dose de filosofia sobre o comportamento humano e de massa. Questões como privacidade, amor, publicidade, pudor, nação... Com poucos episódios, a série é uma aposta certeira para quem tem pouco tempo para investir em frente a TV. (Todos os episódios estão disponíveis na Netflix)
Guilherme Jacobs | The Leftovers
The Leftovers não é para todo mundo, mas a série de Damon Lindlelof e Tom Perrotta é uma das obras mais estranhas e criativas no mundo da televisão atual. Uma pequena parcela da humanidade sumiu, mas o mistério de "o que levou eles>" não é importante. A série se preocupa mais em mostrar como o luto e a perda podem destruir o ser humano e profanar as regras da sociedade. Há um clima pós-apocalíptico forte, mas o fim do mundo aqui não foi um desastre natural ou um ataque de aliens. É um apocalipse psicológico. (Todos os episódios estão disponíveis na HBO Go)
Érico Borgo | Penny Dreadful
Também de época, também fantasiosa, ainda que menos épica e mais atormentada. Conta com Eva Green no papel principal, o que já deveria ser razão suficiente para uma tentativa. Não é adaptação de uma obra, como Game of Thrones, mas uma reimaginação de vários clássicos e personagens do horror literário e gótico, como Frankenstein, Drácula, O Retrato de Dorian Gray, O Médico e o Monstro e outras surpresas. Tem três temporadas e um final planejado pelo criador John Logan, então não tema que ela acabe subitamente, como séries canceladas. (Terceira temporada disponível na HBO Go
Bruno Silva | Doctor Who
A princípio essa sugestão parece não ter nada a ver, mas há um elemento com o qual o fã de Game of Thrones vai se identificar muito: a necessidade de desapego. Com seu elenco em constante renovação pelas regenerações de Doutores e mudanças de companions, os whovians sabem que seus personagens favoritos nunca estão seguros por muito tempo. Quem decidir pegar a temporada atual (9ª) de quebra ainda mata a saudade de Arya ao ver Maisie Williams interpretando outra garota em cenário de fantasia medieval. (Exibida pelo canal Syfy às sextas-feiras, às 21h)
Aline Diniz | Bates Motel
Todo mundo gongou a série que serve de prelúdio à história de Psicose, clássico filme de Alfred Hitchcock, mas Bates Motel é ótima. Acompanhando a relação de Norman Bates e sua mãe Norma, a série é tensa e tanto Freddie Highmore quanto Vera Farmiga dão um show de atuação. Vale a pena aguentar a mediana terceira temporada para chegar ao excelente quarto ano - além do quinto ser o último, evitando enrolações. (As três primeiras temporadas estão disponíveis na Netflix e o quarto ano começa a ser exibido pelo Universal em 18 de julho, às 22h)
Thiago Romariz | Black Mirror
Um dos melhores exemplos de ficção-científica que a TV testemunhou nos últimos anos. Bom para quem quer dar um tempinho nas fantasias épicas de Game of Thrones e cair em um mundo cheio de tecnologia e pirações. (Todos os episódios estão disponíveis na Netflix)
Arthur Eloi | Vikings
Vikings leva o excelente desenvolvimento de personagens de Game of Thrones para as terras da Escandinávia, acompanhando pela perspectiva de Ragnar Lothbrok os conflitos políticos e interpessoais de uma aldeia nórdica que é altamente relacionável e humana até para os padrões de hoje. A série também não decepciona nos combates, abordando-os de forma bruta e visceral. (As três primeiras temporadas estão disponíveis na Netflix)
Marcelo Hessel | The Americans
A série é muito boa para quem curte produções de época com pano de fundo complexo (é sobre espiões soviéticos que fingem ser uma família normal americana nos anos 1980). Parece Mad Men mas não tem aquela pretensão de ser o testamento da sua época, na verdade é um casamento muito feliz entre uma ambição meio literária e o típico novelão familiar da TV episódica americana. (Primeira e segunda temporadas disponíveis na Netflix)
Camila Sousa | The Last Kingdom
Série medieval com uma pegada bem Game of Thrones que pode agradar muito os fãs nesse período entre as temporadas. A trama tem como base os livros de Bernard Cornwell e contra a história de Uhtred, que nasceu como um nobre saxão, mas foi sequestrado ainda criança durante as invasões dos dinamarqueses e acaba criado como um deles. Já adulto, ele precisa decidir se fica do lado de suas origens, ou daqueles que aprendeu a chamar de família. Esperem muitas disputas por reinos, intrigas e batalhas. (Episódios inéditos são exibidos aos domingos, às 21h, no canal History)