Paul Thomas Anderson pode ter problemas com The Master, mas não demora muito para arranjar trabalho. Segundo o Vulture, PTA demonstrou interesse em adaptar para os cinemas o romance Vício Inerente (Inherent Vice), de Thomas Pynchon, que acaba de ser lançado no Brasil, pela Companhia das Letras. Baixe aqui o primeiro capítulo.
Vício Inerente
O livro acompanha a vida de Larry "Doc" Sportello, um detetive particular maconheiro que perambula pela Los Angeles de 1969 atrás do amor. De acordo com a reportagem, Anderson já está escrevendo um tratamento e pode até ter iniciado um roteiro.
Outro boato é que a agência de Anderson, a Creative Artists, gostaria que Robert Downey Jr. interpretasse Sportello. Porém, não tome essa informação como certa, pois Downey Jr. está com sua agenda lotada até novembro de 2011. Será que Anderson aguenta esperar até lá?
Leia abaixo a sinopse de Vício Inerente publicada no site da editora:
Homenagem aos livros de Dashiel Hammet e Raymond Chandler e retrato mordaz da Califórnia no início dos anos 1970, Vício Inerente marca a volta de Thomas Pynchon ao cenário de dois de seus romances, Vineland e O Leilão do Lote 49. Porém, enquanto estes livros registravam o auge do Flower Power, Pynchon agora explora o outro movimento da curva, a hora que o impulso começa a ceder, e que as forças contrárias àquela revolução cultural sui generis mostram a que vieram.
O centro de tudo é o detetive particular Doc Sportello, espécie de Sam Spade depois de uma maratona de LSD e maconha, que é contratado por uma ex-namorada para investigar o sumiço de um poderoso barão do mercado imobiliário. Esse desaparecimento é parte de uma conspiração maior, que envolve surfistas, traficantes, contrabandistas, policiais corruptos e a temível entidade conhecida como Presa Dourada.
Como sempre, Pynchon faz da trama um meio de destilar seu conhecimento enciclopédico acerca de tudo, da melhor técnica para se montar um penteado afro às particularidades do saxofone na surf music dos anos 1960. Isso também serve de desculpa para abordar, não raro de maneira tocante, questões comuns a todos nós. Nesse misto de erudição e humor, loucura e sensibilidade, Pynchon se firmou como um dos grandes autores da literatura contemporânea.