A minúcia dos planos do Professor para assaltar a Casa da Moeda da Espanha impressionaram o público no final de 2017 na estreia da primeira temporada de La Casa de Papel. O personagem de Álvaro Morte pensou tanto em cada passo do roubo, como se fosse um verdadeiro jogo de xadrez, que realmente parecia impossível que alguém fosse capaz de elaborar e colocar em prática uma estratégia tão complexa como a dele. Porém, a verdade é que fora da ficção houve crimes que lembram e muito a ousadia da equipe da série. Um exemplo claro aconteceu no México, em agosto de 2019.
Acredite se quiser, mas dois homens invadiram a Casa da Moeda, na Cidade do México, e roubaram moedas comemorativas de ouro, entre outros itens, com valor estimado em mais de 50 milhões de pesos (R$ 10 milhões, aproximadamente, segundo o G1). O crime aconteceu durante o dia, com apenas um dos assaltantes portando arma, e especula-se que eles possam ter tido auxílio de funcionários da instituição, já que o protocolo de segurança não foi aplicado (via Folha de S.Paulo).
De acordo com as autoridades locais, um dos ladrões rendeu um segurança e tomou sua arma, enquanto o outro encheu sua mochila com os chamados centenários, moedas cunhadas na primeira metade do século XX para celebrar o aniversário da Independência do México. O cofre onde esses itens eram mantidos estava aberto na hora do roubo, de modo que a ação dos criminosos foi rápida. Quando os policiais chegaram à Casa da Moeda, eles já haviam partido, sem deixar feridos.
Dias depois, porém, a polícia identificou os responsáveis pelo crime. Eles seriam Édgar e Pablo Tenorio, membros da quadrilha Los Tenorio (via La Vanguardia).
E no Brasil?
Semanas antes desse caso, o Aeroporto Internacional de Guarulhos foi palco de um crime tão mirabolante quanto o idealizado pelo Professor. Disfarçados de policiais, isto é, com distintivos, pistolas, fuzis e carabinas, oito homens entraram no terminal de cargas em automóveis clonados da Polícia Federal e levaram mais de 700 kg de ouro, além de esmeraldas e relógios de luxo, somando um prejuízo de R$ 117 milhões (via G1).
Conforme mostram as imagens de segurança, o grupo rendeu os funcionários que colocavam a carga em um carro-forte e os obrigaram a colocá-la nos veículos do bando. Um desses trabalhadores teria sido feito refém na noite anterior, assim como sua família, explicando como os criminosos tiveram acesso a informações confidenciais.
As investigações iniciais apontaram que o roubo envolveu pelo menos 10 pessoas. Desde então, ao menos seis pessoas se tornaram réus, respondendo por roubo qualificado, integrar organização criminosa armada e adulterar sinal identificador de veículos automotores.
Até o momento, não se sabe ao certo o que aconteceu com a carga que, originalmente, iria para países como a Suíça e os Estados Unidos (via Veja). Uma das suspeitas da polícia na época era que o ouro foi exportado para a China em pequenos filetes, possivelmente colocados em aparelhos celulares.
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